O primeiro-ministro de Malta indicou que os 49 migrantes vão ser transportados em breve por navios militares maltês para Malta e depois distribuídos por oito países da União Europeia, entre os quais Portugal.
Numa resposta enviada à agência Lusa, o Ministério da Administração Interna (MAI) indica que Portugal “respondeu, mais uma vez”, ao apelo da Comissão Europeia e manifestou disponibilidade para acolher até 10 migrantes.
O acordo hoje anunciado pelo Governo de Malta põe fim a um impasse que começou depois de 32 migrantes terem sido resgatados pelo navio humanitário alemão Sea-Watch, em 22 de dezembro, a que se seguiu o resgate de outras 17, em 29 de dezembro, por outro barco humanitário alemão, o Sea-Eye.
Malta e Itália recusaram que navios de resgate privados desembarcassem migrantes nos seus portos.
Em vez disso, o acordo prevê que os migrantes sejam transportados, em breve, por embarcações militares maltesas até Malta, mantendo-se a proibição dos barcos particulares atracarem.
Além de Portugal, os migrantes vão ser também acolhidos pela Alemanha, França, Irlanda, Roménia, Luxemburgo, Holanda e Itália.
O Ministério da Administração Interna adianta que “a disponibilidade resulta do compromisso de solidariedade e de cooperação europeia” assumido por Portugal em matéria de migrações, tendo o país respondido “a todas as situações de emergência que resultam do resgate de migrantes no Mediterrâneo” e participado “solidariamente no processo de acolhimento”.
No entanto, Portugal defende “uma solução europeia integrada para responder ao desafio dos fluxos de migrantes que procuram chegar à Europa através do Mediterrâneo”, salienta o MAI
Em 2018, Portugal acolheu 86 pessoas na sequência de resgates de navios humanitários.
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