O jurista e fotógrafo açoriano refere que a exposição “Tibete, na sombra do teto do mundo” resulta da sua viagem àquele território, em 2015, materializada em 15 fotografias que “procuram fazer uma incursão pela componente cultural, humana, religiosa e política” daquele povo.

A convite da "International Campaign for Tibet – Save Tibet", considerada como a mais prestigiada associação mundial de defesa dos direitos humanos no Tibete, presidida pelo ator norte-americano Richard Gere, que assinalou em Bruxelas o seu 30.º aniversário, foi possível ao fotógrafo associar-se a esta causa para a qual ficou “muito sensibilizado”.

Carlos Melo refere que a sua fotografia convida as pessoas a promoverem uma jornada entre Lhasa e Rongbuk, campo base do Evereste, que “percorre a ancestral ligação do budismo ao povo tibetano, sem fugir à inquietante dinâmica política instituída pela República Popular da China, e os consequentes condicionalismos ao nível do exercício de direitos fundamentais pelo povo tibetano”.

Com cerca de três milhões de habitantes, o Tibete é uma das regiões chinesas mais vulneráveis ao separatismo, com os locais a argumentarem que o território foi durante muito tempo independente até à sua ocupação pelas tropas chinesas em 1951.

Pequim considera que a região, que tem uma área equivalente ao dobro da Península Ibérica é, desde há séculos, parte do território chinês.

O líder político e espiritual dos tibetanos, o Dalai Lama, que Pequim acusa de ter "uma postura separatista", vive exilado na vizinha Índia, na sequência de uma frustrada rebelião contra a administração chinesa em 1959.

Seguidores do Dalai Lama, que em 1989 foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz, acusam Pequim de tentar destruir a identidade religiosa e cultural do Tibete.

O fotógrafo refere que esta exposição, inaugurada na quarta-feira, na capital belga, já foi apresentada nas Universidades do Porto, de Lisboa e de Coimbra, no ISCAC e no Montanha Pico Festival, contemplando um conjunto de palestras sobre temáticas relacionadas com problemáticas dos direitos humanos e os contextos históricos, políticos e sociais do Tibete.

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