O projeto da Macau Legend, do empresário David Chow, com vários investimentos nos países lusófonos, engloba um centro comercial com lojas e restaurantes, complementados por 1.300 lugares de estacionamento, entre outros edifícios.
O novo espaço, com capacidade para acolher 10.000 pessoas na praça ‘manuelina’, não terá casinos - o jogo é proibido na China - e pretende ser um elemento de referência na arquitetura na região.
"Embora eu seja chinês, gosto da cultura portuguesa. Penso que esta é a melhor plataforma. É mesmo. Isto é uma porta de entrada para Macau. Ainda antes de [os turistas] virem para Macau irão sentir que existe cultura portuguesa em Macau [e] depois podem ir para a península, porque todo o património se encontra lá (...), em vez de irem só para o Cotai jogar", disse David Chow, aquando do lançamento do projeto em 2014.
Segundo o empresário, a praça ao 'estilo manuelino' será como a Times Square de Hong Kong, de onde é natural, esperando ali reunir muita gente, nomeadamente na passagem de ano.
Cerca de nove milhões de pessoas visitaram em 2018 a ilha de 96 quilómetros pertencente à cidade de Zhuhai, adjacente a Macau através da ilha da Taipa e da ilha de Coloane.
O grupo acredita que através deste espaço o Governo de Macau pode promover “os festivais e atividades turísticas” do seu território.
“Nesse sentido, pode contribuir para diversificar os elementos turísticos de Hengqin, projetando Macau como Centro Mundial de Turismo e Lazer e promovendo o desenvolvimento do turismo da Grande Baía”, lê-se no comunicado.
Na mesma nota, o grupo acrescentou que o plano “consiste em usar o edifício principal como centro de exposições (…) para promover os produtos de qualidade da Grande Baía, tanto para exposição como para venda”, mas também de produtos lusófonos.
A Macau Legend prevê que este centro de exposições vai “facilitar o excesso de capacidade produtiva da Grande Baía”.
“De forma geral, 80% dos produtos fabricados nas nove cidades da Grande Baía são para consumo do mercado interno e apenas 20% são para exportação”, de acordo com o Grupo.
A Grande Baía é um projeto chinês que tem como objetivo construir uma metrópole mundial a partir de Hong Kong e Macau, e nove cidades da província de Guangdong (Dongguan, Foshan, Cantão, Huizhou, Jiangmen, Shenzhen, Zhaoqing, Zhongshan e Zhuhai), numa região com cerca de 70 milhões de habitantes e com um Produto Interno Bruto que ronda os 1,3 biliões (milhões de milhões) de dólares norte-americanos - maior que o PIB da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20.
As empresas de Macau que se instalarem neste espaço terão benefícios fiscais e desta forma a empresa de David Chow pretende “contribuir para o desenvolvimento do setor de turismo, criando novos produtos turísticos e serviços no sentido de diversificar o conteúdo de Centro Mundial de Turismo e Lazer”.
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