O prémio internacional, no valor de 100 mil euros e subordinado a questões sobre Direitos Humanos, foi atribuído à Article 19, organização não-governamental que desenvolve, desde 1987, “uma acesa luta contra a censura e apoia vozes dissidentes um pouco por todo o mundo”, afirma a fundação.
A propósito da atribuição do prémio, o júri, presidido pelo antigo Presidente da República Jorge Sampaio, sublinhou a “firme resposta” da Article 19 aos “desafios e ameaças à liberdade de expressão e informação que minam os direitos humanos, a democracia e o Estado de Direito”.
No âmbito dos prémios Gulbenkian, a fundação atribui ainda galardões nacionais que distinguem projetos de relevo nas áreas do Conhecimento, Coesão e Sustentabilidade, com um valor monetário de 50 mil euros cada.
Na área do Conhecimento, é reconhecida a associação cultural O Espaço do Tempo, fundada pelo coreógrafo e programador Rui Horta em Montemor-o-Novo, pelo “impacto indiscutível” e “a forte ligação à comunidade local, nomeadamente às escolas”.
O prémio de Coesão será entregue ao projeto “É Uma Casa, Lisboa Housing First”, da associação Crescer Na Maior, que disponibiliza casas para “pessoas em situação de exclusão e vulnerabilidade social”.
O júri elogia “a capacidade deste projeto para inspirar políticas públicas em Portugal, onde se estima existirem cerca de 3.500 sem-abrigo”.
Na categoria de Sustentabilidade, o prémio Gulbenkian é atribuído à Coopérnico, “a única cooperativa de energias renováveis existente em Portugal”.
“A sua gestão democrática e sem fins lucrativos nas áreas da produção, comercialização e eficiência energética mereceu o aplauso do júri”, lê-se na nota de imprensa.
Os Prémios Gulbenkian serão entregues na sexta-feira, às 18:30, em Lisboa, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, coincidindo com o dia da morte do empresário arménio Calouste Gulbenkian (20 de julho de 1955).
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