"O congelamento total de vistos russos por todos os Estados-membros da UE pode ser outra sanção muito eficaz", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros checo, Jan Lipavsky, num comunicado obtido pela AFP.

Lipavsky disse que faria a proposta numa reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Praga no final de agosto.

As autoridades ucranianas exigem que a UE tome essa medida, mas esta tem divido os países do bloco, obrigados a adotar sanções por unanimidade.

"Neste período de agressão russa, que o Kremlin continua a intensificar, não se pode falar de turismo comum para cidadãos russos", disse Lipavsky. De resto, a República Checa parou de emitir vistos para russos desde 25 de fevereiro, um dia após a invasão russa da Ucrânia.

Até agora, a UE adotou seis pacotes de sanções contra a Rússia.

O presidente ucraniano Volodimir Zelensky pediu aos países ocidentais que proíbam todos os cidadãos russos de entrar no seu território, numa entrevista com o jornal Washington Post esta semana.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Finlândia, Pekka Haavisto, apresentou um plano na semana passada para limitar os vistos turísticos para os russos.

Kaja Kallas, primeira-ministra da Estónia, também na fronteira com a Rússia, pediu à UE que pare de emitir vistos para russos no início desta semana.

"Visitar a Europa é um privilégio, não um direito humano", escreveu no Twitter esta terça-feira. Lipavsky disse que a medida enviaria "um sinal muito claro e direto à sociedade russa".

Tal mostraria que "o mundo ocidental não tolera a agressão e a retórica de ódio do regime russo contra países livres e democráticos que não representam uma ameaça à Rússia", acrescentou.