Segundo uma sondagem do instituto Ipsos-Sopra Steria, hoje publicada pelo diário Le Monde, numa semana, Macron subiu quatro pontos percentuais, de 26,5% para 30,5%, ao mesmo tempo que os seus rivais diretos registaram quedas.
Rival mais próxima na corrida ao Eliseu, a candidata de extrema-direita Marine Le Pen perdeu um ponto percentual e tem agora 14,5%, numa lógica que também atingiu o outro candidato da extrema-direita, Eric Zemmour, que perdeu dois por cento situando-se agora nos 13%. Ambos parecem ter sido punidos pelo seu apoio ou complacência no passado para com Vladimir Putin.
A conservadora Valérie Pécresse, cuja posição sobre a resposta à invasão russa à Ucrânia coincide quase na totalidade com a de Macron, perdeu também um ponto percentual, posicionando-se nos 11,5%.
No extremo político oposto, o líder da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon cresceu meio ponto percentual, o que lhe valeu ultrapassar Pécresse, estando agora nos 12%.
A sondagem da Ipsos decorreu entre quarta-feira e quinta-feira, com uma amostra de 3.599 pessoas, e evidencia o que avançavam os analistas: a guerra beneficiaria o chefe de Estado como figura de confiança numa situação de crise.
Segundo o Le Figaro, que compila as diferentes sondagens publicadas sobre as intenções de voto para as eleições presidenciais de 10 e 24 de abril, Macron surgiu nas últimas semanas como o candidato favorito.
Feita a média das sondagens publicadas nas últimas duas semanas, Macron atingiria na primeira volta 25,8% dos votos, seguido de longe por Le Pen (17,2 %), Zemmour (13,8 %), Pécresse (13,8 %) e Mélenchon (11,1 %).
O presidente francês, que na quinta-feira anunciou oficialmente a sua recandidatura, está há algum tempo quase totalmente absorvido pela sua atividade diplomática, primeiro para tentar impedir a guerra e agora para tentar detê-la e gerir algumas das suas consequências.
Neste período, várias foram as vezes em que teve contactos telefónicos com os presidentes diretamente implicados na guerra em curso no Leste europeu, entre eles Putin e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Essa rede de contactos abrangeu também figuras da oposição ao líder do Kremlin, como o feito na sexta-feira com o presidente da ONG russa Memorial, Alexandre Tcherkassov, e hoje com a escritora bielorrussa Prémio Nobel da Literatura, Svetlana Alexievich.
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