Foi o próprio Marcelo Rebelo de Sousa a fazer a entrega da condecoração à família de José Luís Mendonça Nunes, conhecido por 'Zeca Mendonça', reunida no velório, que decorreu na Basílica Estrela, em Lisboa.

Ao fim da tarde, na Azambuja, Lisboa, o Presidente lembrou o histórico assessor do PSD como um homem “humilde, discreto, trabalhador” e apaixonado, considerando que foi a “pessoa mais influente do partido em todas as lideranças”.

“Ele tinha, durante 45 anos, 44 anos, trabalhado na realização de um partido - eu costumava mesmo ironizar dizendo que ele era o verdadeiro líder do partido, que os líderes passavam e o Zeca ficava”, referiu, acrescendo que “ele conhecia como ninguém o partido e a sua história”.

Marcelo Rebelo de Sousa assinalou que o assessor, que faleceu na quinta-feira à noite, “viveu apaixonadamente, sempre com uma grande compreensão em relação a todos, mas viveu apaixonadamente uma vida que começou em segurança e acabou na pessoa mais influente do partido em todas as lideranças e, depois, influente em Belém, junto do Presidente da República”.

O assessor da Presidência da República José Luís Mendonça Nunes morreu na quinta-feira aos 70 anos.

Zeca Mendonça nasceu em Lisboa, na freguesia de Santos-o-Velho, em 23 de março de 1949.

Tornou-se funcionário do PSD (então PPD) em 1974, tendo começado como segurança, e em 1977 passou para o gabinete de imprensa do partido, no qual trabalhou durante 40 anos.

Como assessor de imprensa, Zeca Mendonça trabalhou com 16 presidentes do PSD - ou 17, caso se conte com Leonardo Ribeiro de Almeida, que presidiu à Comissão Política quando Francisco Sá Carneiro liderava o partido e era primeiro-ministro – terminando funções no mandato de Pedro Passos Coelho.

No domingo, às 14:30, haverá missa de corpo presente, seguida de funeral para o Cemitério da Galiza, no Estoril.