“É difícil avançar uma data para resolver o problema”, disse Rabie numa conferência de imprensa na sede daquela Autoridade, na cidade de Ismailia, naquela que foi a sua primeira aparição pública perante os jornalistas.

Osama Rabie afirmou-se, ainda assim, otimista quanto à possibilidade de o enorme navio ser desencalhado pelos 14 rebocadores que desde sexta-feira o tentam mover, embora tal esteja dependente de uma maré favorável.

O responsável da Autoridade egípcia do Canal de Suez avançou ainda que as fortes rajadas de vento não foram a principal razão para que a embarcação tenha encalhado: “Fortes rajadas de vento e fatores meteorológicos não são as únicas razões principais para o encalhe do navio. Outros erros, humanos ou técnicos, também podem ter acontecido”, disse.

Desde terça-feira que está encalhado no Canal de Suez um barco porta-contentores, o “Ever Given”, com 400 metros de comprimento e uma capacidade superior a 200 mil toneladas, que bloqueou esta rota entre os mares Mediterrâneo e Vermelho, deixando mais de 230 navios à espera para poderem avançar.

Um relatório da seguradora francesa Euler Hermes, filial da alemã Allianz, estima que o encerramento do canal pode custar ao comércio internacional, por dia, entre seis mil milhões e dez mil milhões de dólares (entre 5.100 milhões e 8.500 milhões de euros).