“A ponte vai ser uma realidade e em 2026 nós vamos ter uma ligação que é absolutamente estruturante para a rede do Metro do Porto, para o sistema de mobilidade de toda a Área Metropolitana do Porto. Isso eu posso assegurar”, disse hoje aos jornalistas na Universidade Portucalense, no Porto.
Tiago Braga falava antes do seminário “Descarbonizar, Descongestionar, Desenvolver: O Papel da Metro do Porto como Indutor da Mudança no Ecossistema de Transportes da Área Metropolitana do Porto”, que decorreu na manhã de hoje na Universidade Portucalense – Infante D. Henrique.
O responsável da empresa pública disse encarar “com naturalidade” as dúvidas que o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, expressou acerca da necessidade da construção da infraestrutura.
“Não era ali que eu fazia a ponte, não fazia a ponte com aquela altura e tenho dúvidas se a ponte é necessária”, afirmou Rui Moreira, durante a sessão da Assembleia Municipal do Porto de 26 de setembro.
Tiago Braga disse hoje de manhã que “todos os envolvidos têm legitimidade para apresentar as suas questões”, mas que a responsabilidade da Metro “é ouvir, é procurar verificar quais são os aspetos em que pode ser melhorado o projeto, e avançar com o projeto”.
O presidente da Metro reiterou ainda que a empresa “tem estado a trabalhar com o arquiteto Siza Vieira, no sentido de, do lado do Porto, haver um lado de integração, como foi sempre dito”.
“Também temos estado a trabalhar com a Faculdade de Arquitetura e com a reitoria [da Universidade do Porto] no sentido de compatibilizar alguns usos, nomeadamente por cima da estação do Campo Alegre”, revelou.
A nova linha Rubi ligará Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia, à Casa da Música, no Porto, e terá ligação à ferrovia na estação gaiense das Devesas, obrigando também à construção de uma nova ponte sobre o rio Douro, entre a Arrábida e o Campo Alegre.
Tiago Braga adiantou também hoje aos jornalistas que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) submetido à APA em junho está em conformidade e será colocado em consulta pública nos próximos dias, após um pedido de esclarecimentos “relativamente a algumas questões que entendeu não estarem totalmente esclarecidas”
Segundo o responsável, a Metro recebeu entretanto a “avaliação dessa conformidade, dizendo que o Estudo de Impacto Ambiental estava conforme e que podia avançar para a fase de consulta pública”.
“Estamos na fase de ultimar aquilo que é o projeto de execução”, que “será alimentado por aquilo que será o processo de consulta pública”, e até à fase de empreitada ainda há “o trabalho de customização, de melhoria daquilo que ainda é possível melhorar, de correção de alguns aspetos que apresentem ainda dificuldades”, acrescentou.
Para novembro, o objetivo da Metro, segundo Tiago Braga, é “lançar um anúncio prévio à contratação, no sentido de explicar formalmente ao ecossistema da construção civil” o projeto da linha Rubi, antes de lançar o concurso público.
O procedimento deverá ser lançado até final do ano, disse o responsável.
Em Gaia, as estações previstas para a linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música.
A construção da linha Rubi, prevista no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), custará 300 milhões de euros mais IVA.
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