O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi anunciou, este domingo, uma proposta de trégua de dois dias na guerra entre Israel e o Hamas, que incluiria a liberação de quatro reféns e poderia abrir caminho para um "cessar-fogo total".

Abdel Fattah al-Sissi, cujo Governo se tem envolvido em esforços de mediação para acabar com a guerra em Gaza, propõe "dois dias de cessar-fogo" durante os quais "quatro reféns seriam trocados por alguns prisioneiros", disse al-Sissi numa coletiva de imprensa no Cairo.

Esta trégua deveria acontecer antes do início das negociações, que começam daqui a 10 dias, para garantir “um cessar-fogo completo e a entrada de ajuda” na Faixa de Gaza, acrescentou.

Segundo al-Sissi, "os nossos irmãos na Faixa [de Gaza] enfrentam uma violência muito severa" que os colocou “à beira da fome”.

"É muito importante que a ajuda chegue o mais rápido possível" para aliviar as necessidades humanitárias em Gaza, acrescentou al-Sissi.

A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, no qual 1.206 pessoas, a maioria civis, morreram e 251 foram feitas reféns, de acordo com os dados israelitas, que incluem os reféns mortos em cativeiro.

Do total de pessoas sequestradas naquele dia, 97 ainda estão em cativeiro em Gaza, mas 34 delas foram declaradas mortas pelo Exército israelita.

Em resposta, Israel lançou uma operação militar em Gaza, que já provocou a morte de 42.924 pessoas, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do Governo do Hamas, considerados verídicos pela ONU.

No início deste mês, as forças israelitas na Faixa de Gaza mataram o líder do Hamas, Yahya Sinwar, que as autoridades de Israel e dos Estados Unidos da América, bem como alguns especialistas, consideraram um obstáculo para um acordo de cessar-fogo.