“Temos a certeza de uma coisa: esta quarta presidência portuguesa será um grande êxito, porque já nos habituaram ao facto de a presidência portuguesa responder a desafios importantes e dar à Europa a capacidade para sermos mais eficiente e eficazes”, declarou David Sassoli, após a (video)conferência de presidentes da assembleia europeia de hoje com a futura presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), no primeiro semestre de 2021.

O político italiano, que falava aos jornalistas numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro português, António Costa, repartida entre Bruxelas e Lisboa, recordou que “as presidências portuguesas têm sido muito importantes na história da UE, não apenas em termos de organização da UE, mas também na definição de melhores tratados e na abordagem que têm às questões fundamentais, económicas e sociais”, dizendo “concordar plenamente com a necessidade de fortalecer o modelo social europeu”, o ‘coração’ das prioridades portuguesas.

“Isto é particularmente importante no pós-covid e na transição para uma Europa mais verde e mais digital, temos de assegurar que ninguém será deixado para trás”, completou.

O presidente do Parlamento Europeu (PE) destacou ainda “a abordagem portuguesa perante o Mundo”, notando que “as comunicações do primeiro-ministro [António Costa] são extremamente importantes, porque indicam já objetivos e uma visão para a Europa nos próximos anos”.

“Foi um grande prazer ouvir este elemento de construção de parcerias, não falou apenas da concorrência com atores globais. É, de facto, uma visão que necessitamos”, evidenciou.

Sassoli referia-se ao discurso do chefe do Governo português, no qual António Costa mencionou o desejo de, durante a presidência portuguesa, reafirmar “o estreitamento de relações entre a Europa e o continente africano”, “reforçar as relações transatlânticas, não só com a nova administração Biden, mas também com a América Latina”, “fazer avançar negociações tão difíceis” como o acordo com Mercosul ou “desenvolver novos laços com a Índia”, nomeadamente na cimeira UE-Índia, agendada para 08 de maio, no Porto.

Desejando “um muito bom trabalho” ao primeiro-ministro, o presidente da assembleia europeia estimou que haverá “um diálogo constante, permanente” entre o PE e a presidência portuguesa.

“Vamos fazê-lo com a atenção que esta situação difícil merece”, comprometeu-se.

[Atualizada às 14:48]