Macron detalhou a sua visão da “crise dos imigrantes”, que atualmente está a abalar a União Europeia e que terá que ser resolvida “a longo prazo” em África.
“Nós devemos resistir às emoções a curto prazo (…) e trabalhar com os Governos africanos”, disse Emmanuel Macron, num grande hotel em Lagos.
“A resposta duradoura é construir um futuro melhor” nos países africanos, como no Senegal, na Costa do Marfim ou na Nigéria, onde aos jovens falta “oportunidades económicas”, referiu.
Para o Presidente francês, “a Europa não pode aceitá-los, não a todos”, assim, é necessário “que os africanos tenham sucesso em África”.
Emmanuel Macron reiterou a necessidade de controlar a demografia em países onde as mulheres “têm sete, oito filhos” e na luta “contra os traficantes”, que “têm ligações estreitas com terroristas” ativos no Sahel.
Pela manhã, o chefe de Estado francês inaugurou a Aliança Francesa de Lagos, alojada numa vila colonial renovada e disponibilizada por Mike Adenuga, um bilionário nigeriano que fez fortuna com petróleo, telecomunicações e serviços.
A rede de escolas Aliança Francesa, que inclui 832 estabelecimentos para mais de 500 mil estudantes, “permite fazer vibrar a cultura francesa ao redor do mundo”, disse o Presidente.
A Nigéria, um país com 180 milhões de pessoas e que falam inglês, está cercada de vizinhos de língua francesa.
“A posição da língua francesa é diminuta comparada ao que deveria ser. O potencial é enorme”, disse Charles Courdent, diretor da Aliança Francesa de Lagos.
Emmanuel Macron reuniu-se com o famoso escritor nigeriano Wole Soyinka e conversaram inclusivamente sobre os conflitos no país, sobre o grupo extremista Boko Haram e os intercâmbios culturais entre a África e a Europa.
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