“Reafirmo o meu convite a si [Marcelo Rebelo de Sousa] para visitar Moçambique ainda este ano”, disse Nyusi no discurso de abertura do jantar que ofereceu em honra do Presidente português.

“Se o senhor Presidente não vier, enviaremos a fatura”, disse Nyusi, em tom de brincadeira, arrancando risos aos convidados.

No seu discurso, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se aberto ao convite.

“Num momento em que vossa excelência não se despede de Lisboa, porque não há despedidas entre nós – não há despedidas entre Moçambique e Portugal –, apenas nos diz ‘até muito breve’ a todos nós, certamente, no caso do Presidente da República Portuguesa, até muito breve, até ao final deste ano”, retorquiu o chefe de Estado português.

“Se não for antes, por altura do meu aniversário [12 de dezembro]”, afirmou Marcelo, acrescentando que “seria original passá-lo em Moçambique”.

Nas suas intervenções, os dois chefes de Estado fizeram um balanço positivo da visita de Nyusi a Portugal, que consideraram ser "memorável" e "um sucesso".

Nyusi apontou que o objetivo da sua visita a Portugal passava por "erguer uma sólida parceira económica (...) rumo à prosperidade".

Para o chefe de Estado moçambicano, para que isso seja atingido, é necessário que os Governos "criem um ambiente favorável".

"Sabemos que essa prosperidade não pode brotar do nada sem que os nossos governos criem um ambiente favorável para que" os empresários dos dois países "se entreguem a atividades produtivas que tragam renda para si, postos de emprego, e receitas para os nossos estados", afirmou Filipe Nyusi.

O Presidente moçambicano sublinhou a importância da localização dos dois países, que "oferece vantagens no acesso a um mercado de grande dimensão para a venda de bens e serviços", uma oportunidade que "Portugal e Moçambique podem, e devem liderar" no sentido de estabelecer uma parceria entre Europa e África.

"Temos uma convicção justificada e genuína de que sairemos deste belo país (...) com a satisfação de termos feito uma visita memorável pela solidez que incutimos à nossa amizade", considerou Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano disse ainda que é fundamental exigir rigor aos ministros, embaixadores e empresários no cumprimento dos entendimentos alcançados durante a sua visita.

Já Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu a "excelência" das relações entre Portugal e Moçambique, mas também da visita em si mesma "em todas as suas múltiplas vertentes".

Para o Presidente português, a visita "foi um sucesso no plano das relações entre estados, nos instrumentos celebrados, na verificação da felicidade e da virtualidade da execução do que se encontrava programado, e também naquilo que se projetou no futuro" em várias áreas.

Para Marcelo foram dados "passos importantes" na Economia, Finanças, Educação e Formação Profissional, Saúde, Justiça, Política, Diplomacia, Segurança e Defesa.

Filipe Nyusi, Presidente moçambicano desde outubro de 2014, cumpre hoje o terceiro dia da sua visita de Estado a Portugal, o último em Lisboa.

Na sexta-feira, Nyusi será recebido na Câmara Municipal de Viseu pelo autarca local, que lhe entregará a chave da cidade.

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