"Não recebi pagamentos de nenhuma pessoa ou empresa durante o meu exercício no cargo de Presidente", assegurou Jacob Zuma no parlamento.
A sessão parlamentar, solicitada pela opsoição, centrou-se sobretudo nos escândalos de corrupção que atingem o Presidente, acusado de usar o seu poder para enriquecer de forma ilícita e favorecer empresários seus amigos.
Zuma negou liminarmente o que apelidou de especulações e atribuiu as acusações a manobras da oposição e a setores da comunicação social que estão contra o seu partido, o Congreso Nacional Africano (CNA).
O debate parlamentar foi acalorado e durou várias horas e no momento em que Zuma defendeu que as suas despesas no cargo estão comtempladas na lei, os deputados da Aliança Democrática (principal partido da oposição) retiraram-se do recinto em protesto por não receberem uma resposta concreta às perguntas sobre os gastos do presidente.
Em 13 de outubro passado, o Supremo Tribunal devidiu manter as 783 imputações de corrupção apresentadas contra Zuma, que haviam sido arquivados irregularmente pela Procuradoria em 2009.
Zuma, que não continuará à frente do seu partido nas próximas eleições, enfrentou com êxito várias moções de censura relacionadas com os escândalos de corrupção que o rodeiam.
O presidente sul-africano, de 75 anos, teve de devolver no ano passado, por ordem do Tribunal Constitucional, meio milhão de euros devido a dinheiros públicos que havia gastado de forma irregular na recuparação da sua residência privada.
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