Segundo a agência de notícias espanhola EFE, o anúncio é feito pelo líder do Partido Radical ucraniano, Oleg Liashkó, na sua página de Facebook.
“Conseguimos. O presidente da Ucrânia assinou hoje o decreto para retirar a cidadania [a Andréi Artemenko] por ter aceitado deliberadamente, em 2005, a cidadania do Canadá. Os traidores que desrespeitam a Constituição não podem servir o Estado”, escreveu Liashkó.
A lei ucraniana prevê que os cidadãos que adquiram a cidadania de outro país de forma voluntária e deliberada podem ser privados da cidadania ucraniana.
O deputado Andréi Artemenko propôs em fevereiro que a Ucrânia arrendasse a Crimeia à Rússia, por um prazo de entre 30 a 50 anos.
“Decorrido esse tempo, realizar-se-á um referendo na Crimeia, sob supervisão das estruturas internacionais, para decidir definitivamente sobre a soberania da península”, defendeu, na altura, o deputado.
Questionado sobre o tema, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, garantiu que é impossível haver um acordo com os Estados Unidos sobre a Crimeia como contrapartida para Washington levantar as sanções contra a Rússia.
“Não há nada para falar”, assegurou Peskov, sublinhando que Moscovo está absolutamente contra novas consultas públicas sobre a Crimeia e que a soberania russa sobre esse território está fora de qualquer discussão.
A Rússia anexou a Crimeia em março de 2014, depois de meses de confrontos na Ucrânia que levaram à mudança de governo em Kiev e depois de ter entrado no território e ter feito um referendo considerado ilegal pela comunidade internacional.
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