A Embaixada do Brasil em Portugal anunciou hoje que partiu esta manhã de Lisboa, um avião da Latam, com destino a São Paulo, que leva um primeiro carregamento de ajuda humanitária para o Rio Grande do Sul.
“Partiu hoje, (...) às 9:50, de Lisboa, o voo (...) com destino a São Paulo, contendo um primeiro lote de carregamento humanitário de cerca de 300 kg, [espaço cedido pela Latam na aeronave] de bens doados pela comunidade brasileira em Portugal e por cidadãos portugueses, destinado às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul”, divulgou a embaixada na rede social Instagram.
A informação foi confirmada à Lusa por fontes diplomáticas em Lisboa.
Neste primeiro carregamento foi, segundo a embaixada, dada prioridade ao envio de roupas de inverno, como casacos, edredons e cobertores, por causa das baixas temperaturas registadas no sul do Brasil.
Na nota publicada no Instagram a embaixada compromete-se ainda, em parceria com as autoridades portuguesas, com a numerosa comunidade brasileira e com a sociedade civil local, a apoiar “os esforços do Governo Federal (…) para o transporte da totalidade da ajuda humanitária arrecadada em território português ao Brasil, nos próximos dias, pelas vias aérea e marítima”.
Pelo menos 152 pessoas morreram e 104 continuam desaparecidas devido às inundações que se fazem sentir no sul do Brasil, indicou a Defesa Civil, em novo balanço.
De acordo com as autoridades regionais, cerca de 615 mil pessoas estão desalojadas.
O estado do Rio de Grande do Sul, que faz fronteira com a Argentina e o Uruguai, vive a situação mais dramática, com 151 mortos, 90% dos municípios afetados e 2,1 milhões de pessoas afetadas.
Com uma população total estimada em 11,3 milhões de habitantes, cerca de 615.000 pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas e estão agora a refugiar-se em abrigos improvisados, dependentes de donativos ou em casa de amigos ou familiares.
No estado vizinho de Santa Catarina foi registada uma morte.
Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, as águas começam a baixar depois de dois dias sem chuva e o rio Guaíba, que desde 03 de maio provoca inundações no centro da cidade, desceu abaixo dos cinco metros.
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