“Anuncio que não serei candidato a formar o próximo governo”, declarou num comunicado Hariri, que anunciou a sua demissão a 29 de outubro no contexto de um movimento de contestação inédito contra o conjunto da classe dirigente no Líbano.
“Esforcei-me para dar resposta aos pedidos (dos manifestantes) para um governo de especialistas, que considero a única solução para responder à crise económica e social que o nosso país enfrenta”, afirmou.
À beira do colapso económico, o Líbano é palco desde 17 de outubro de uma revolta popular inédita contra a classe dominante, acusada de corrupção e incompetência, e corre agora o risco da violência sectária.
Os manifestantes recusam uma recondução de Hariri e exigem um governo de tecnocratas e personalidades independentes.
As consultas entre os partidos no poder para substituir Hariri já foram adiadas por duas vezes após terem sido marcadas inicialmente para 9 de dezembro.
Depois de várias noites de violência e prevendo a realização das consultas na quinta-feira, foram hoje reforçadas as medidas de segurança à volta das praças onde têm decorrido as manifestações antigovernamentais no centro da capital, Beirute.
As ruas que conduzem às praças Riad al-Solh e dos Mártires e que foram utilizadas nos últimos dias por contramanifestantes para atacarem os contestatários foram bloqueadas para permitir às forças antimotim proteger os manifestantes e evitar os confrontos, explicou à agência France Presse um oficial.
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