“Não temos dúvidas de que a Índia realizou (o ataque)”, disse Khan, num discurso da Assembleia Nacional, dizendo que o objetivo dos agressores foi “criar uma atmosfera de instabilidade e incerteza no país”, fazendo reféns na bolsa.
Na segunda-feira, logo após a abertura da Bolsa, quatro atacantes lançaram granadas para a entrada do edifício, abrindo de seguida fogo com armas, perante a reação das forças de segurança, que mataram os atacantes em oito minutos, tendo sofrido três baixas, com a morte de um polícia e de dois seguranças, para além de vários outros feridos.
A ação foi reivindicada pelo Exército de Libertação de Baluchi, um dos grupos armados que lutam pela independência naquela província do sudoeste do país, uma das mais violentas do Paquistão, onde se faz sentir a presença de vários grupos armados separatistas, para além de fações talibãs e grupos jihadistas.
Para o primeiro-ministro paquistanês, os atacantes queriam realizar um ataque semelhante ao ocorrido em Bombaim, em 2008, no qual 10 terroristas atacaram alvos diferentes no centro económico da Índia.
Nessa altura, Estados Unidos e Índia acusaram o grupo paquistanês Lashar-e-Taiba de estar por detrás desse ataque na metrópole indiana, que causou 166 mortes.
Khan disse hoje que as agências de informação do seu país estão em alerta há dois meses e que impediram quatro ataques terroristas, dois dos quais perto de Islamabad.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Paquistão, Shah Mehmood Qureshi, também culpou a Índia por apoiar “as células adormecidas” de grupos terroristas que operam no território paquistanês.
A Índia e o Paquistão travaram já três guerras, desde a sua independência do Império Britânico, em 1947, duas delas na região de Caxemira, que continua a ser uma zona disputada, com sucessões de conflitos armados.
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