Os seis membros do principal partido da oposição são todos deputados da Assembleia Nacional (parlamento) e a suspensão foi ratificada por decisão do Conselho nacional do partido hoje reunido.

"O Conselho Nacional decidiu ratificar a decisão da Comissão Política que deliberou a suspensão dos referidos camaradas", refere o comunicado.

Entre os seis membros figuram os três que subscreveram uma carta a Assembleia Nacional (parlamento) para a exoneração e reforma compulsiva dos três juízes do Supremo Tribunal de Justiça, designadamente Aurélio Martins, presidente do partido, Jorge Amado, líder da bancada, e Vasco Guiva, presidente da terceira comissão especializada, bem como os irmãos Domingos (Nino) e António Monteiro, gestores da cervejeira Rosema.

Estão acusados, entre outros motivos, de "traição aos desígnios do partido", estando a decorrer um processo disciplinar, com a recomendação de que "se procurasse salvaguardar o legítimo direito de defesa dos acusados e se proceder com a maior celeridade possível à conclusão dos processos".

Como consequência dessa suspensão, os irmãos Monteiro pediram o afastamento como deputados do partido, passando a independentes no parlamento, o que reduz o número de deputados deste partido de 16 para 14, quando faltam cerca de cinco meses para as eleições legislativas.

Os irmãos Monteiro alegam também como motivo de afastamento da bancada parlamentar do MLSTP-PSD a "falta de solidariedade" do partido relativo ao contencioso judicial que os opôs ao empresário angolano Mello Xavier sobre a cervejeira Rosema.