O projeto foi hoje apresentado numa sessão que decorreu no salão nobre da Câmara da Covilhã e está delineado para a antiga fábrica têxtil "Francisco Alçada", que já não labora há várias décadas e cujo edifício se encontra das imediações do polo principal da Universidade da Beira Interior (UBI) e junto à Faculdade de Engenharias.

O edifício foi adquirido há dois meses pela "Maiar", a empresa promotora do empreendimento que pretende criar uma rede de residências universitárias em todo o país.

A primeira a avançar deverá ser a da Covilhã, sendo que o processo de licenciamento deu hoje entrada nos serviços municipais e os empresários têm o objetivo de conseguir concluir a obra até setembro de 2020, como apontou Pedro Antunes, um dos promotores do investimento.

"A Covilhã tem dois aspetos que considerámos muito importantes: um é o facto de ter uma cidade que é muito reconhecida e que tem uma população de estudantes deslocados portugueses e estrangeiros e isso cria uma base de negócio perfeitamente sustentável para este tipo de residências", apontou Pedro Antunes.

Segundo referiu, na escolha da empresa também pesou o indicador que identificou este município do distrito de Castelo Branco "como uma cidade amiga do investimento".

Na apresentação, o empresário explicou que o projeto está baseado num "novo paradigma de residências de estudantes" e que visa criar 250 quartos individuais, áreas sociais e comuns, salas de estudo, ginásio e outros serviços, como lavandaria ou limpeza.

"A nossa forma de operar centra-se no aluno, na integração com a cidade, com padrões internacionais das residências", acrescentou.

Este projeto poderá criar entre dez a 20 postos de trabalhos e os preços vão variar de acordo com os serviços que cada aluno venha a escolher.

Os empresários preferiram não concretizar o valor total do investimento, mas este deverá rondar os dez milhões de euros, segundo revelou, durante a sessão, o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira.

O autarca também destacou a importância deste investimento por se tratar de um "projeto diferenciador", por criar emprego, por dinamizar a economia local e por apostar na requalificação, contribuindo para a regeneração urbana da cidade e seguindo o exemplo da própria universidade que também se instalou em antigas fábricas.