O PS alcançou a maioria absoluta nas legislativas antecipadas de domingo com uma vantagem superior a 13 pontos percentuais sobre o PSD, numa eleição que consagrou o Chega como a terceira força política do parlamento.

No domingo à noite, após o fecho das urnas, as projeções dos resultados eleitorais divulgadas por RTP, SIC, TVI e CMTV davam a vitória ao PS nas eleições legislativas, com resultados entre 36,6% e 42,6% dos votos, seguindo-se o PSD, entre os 26,7% e 32,7%.

As projeções indicavam para o Chega entre 3,8% e 8,5%, para a Iniciativa Liberal (IL) entre 3,5% e 8,5%, Bloco de Esquerda (BE) 2,4% a 7% e para a CDU 2,5% a 6,8%.

O intervalo de projeções para o CDS-PP iam de 0,1% a 3,6%, enquanto para o PAN a variação era de 0,2% a 3,7%. Para o Livre, as projeções variavam entre 0,2% e 3,7%.

Na sede de campanha dos socialistas, em Lisboa, já se cantava “vitória”, quando a projeção da Pitagórica para a TVI/CNN revelava o Partido Socialista como vencedor das eleições, com 37,5% a 42,5% dos votos e a possibilidade de chegar à maioria absoluta, seguindo-se o PSD com 26,7% a 31,7%, o Chega com 4,5% a 8,5%, a IL com 4,5% a 8,5%, o BE com 3% a 7%, a CDU com 2,5% a 6,5%. o CDS-PP com 0,9% a 2,9%, o PAN com 0,8% a 2,8% e, por fim, a Livre com 0,7% a 3,7%.

A projeção para a SIC, feita à boca das urnas (ICS/ISCTE/GFK Metris), dava a vitória a António Costa com 37,4% a 41,4%, apontando também como provável a maioria absoluta, e resultados para o PSD entre os 26,9% e os 30,9%, a IL com 4,7% a 7,8%, o Chega com 5% a 8%, a CDU com 3% e os 6%, o BE entre os 3% e os 6%, o PAN com 0,5% a 3,1%, o CDS com 0,6% e os 2,6% e o Livre com 0,4% a 2,4%.

A projeção da Universidade Católica para a RTP, dava a reeleição do PS com 37% a 42% dos votos, contra os 30% a 35% alcançados pelo PSD, o Chega com 5% a 8%, a IL com 4% a 7%, o BE entre os 3% e os 6%, a CDU entre os 3% a 5%, o CDS-PP com 1% a 3%, o mesmo intervalo que o PAN e o Livre.

A projeção à boca das urnas feita pela Intercampus para a CMTV deu a vitória ao PS, com 36,6% a 42,6% dos votos, seguindo-se o PSD com 26,7% a 32,7%, o Chega com 3,8% a 7,8%, a IL com 3,5% e os 7,5%, o BE com 2,4% e o 6,4%, a CDU com 2,5% a 6,5%, o PAN com 0,2% a 3,7% o CDS-PP com 0,1% a 3,6% e o Livre com 0,2% e os 2,6%.

Os resultados verificados nas eleições contrariaram as sondagens reveladas no último dia de campanha eleitoral, que apontavam para um cenário de empate técnico entre PS e PSD e em que se considerava determinante, para os resultados finais, o voto dos indecisos, os confinados pela pandemia de covid-19 e dos jovens.

Na sexta-feira, a dois dias do ato eleitoral, a sondagem da Pitagórica para a CNN Portugal e para a TVI mostrava que o PS ganhava as legislativas com 36,6% dos votos, elegendo 98 a 113 deputados, enquanto o PSD reunia 32,9% das intenções de voto, com possibilidade de eleição de 82 a 100 deputados, revelando, esta projeção, um cenário de empate técnico, com os dois partidos separados por 3,7 pontos percentuais.

Durante a campanha, o terceiro lugar oscilou entre Chega, BE e IL, mas a sondagem final de sexta-feira mostrou o Chega à frente com 5,4% (elegendo entre dois a oito deputados), seguindo-se a CDU e a Iniciativa Liberal, com 5,2% dos votos.

A sondagem divulgada sexta-feira pelo jornal Expresso e a SIC, dava entre 32% e 38% (92 e 106 deputados) para o PS de António Costa, e, para o PSD, entre 30% a 36% (87 a 101 deputados).

Este estudo dava também como renhida a corrida pelo terceiro lugar, disputada pelo Chega, Iniciativa Liberal (direita) e a coligação entre o PCP e “Os Verdes” (CDU), com 6% dos votos, seguidos pelo BE com 5%, apontando para o CDS-PP 1% e para o PAN e o Livre, respetivamente, 2% e 1%.

Por sua vez, a sondagem da Universidade Católica, divulgada na quinta-feira à noite, dava ao PS uma intenção de voto de 36%, três pontos acima do PSD.

Esta sondagem do Centro de Estudos de Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público revelava ainda para a esquerda uma maioria parlamentar de 49% face aos estimados 47% da direita, onde, de acordo com o estudo, a IL assumiria o papel de potencial terceira força política.

Neste inquérito – realizado entre 19 e 26 de janeiro – era apontada a perda de um ponto percentual do PS face à semana anterior (de 37 para 36 por cento), fazendo cair a vantagem socialista para três pontos, com o PSD a recolher os mesmos 33%.

Na terça-feira, dia 25 de janeiro, uma sondagem da Aximage para o DN, JN e TSF espelhava uma reviravolta no jogo eleitoral, com os sociais-democratas a ultrapassaram, pela primeira vez, os socialistas nas intenções de voto, embora com uma diferença de apenas um ponto percentual entre os dois partidos.

Com 41,7% dos votos e 117 deputados no parlamento, quando faltam atribuir apenas os quatro mandatos dos dois círculos da emigração, António Costa alcançou no domingo a segunda maioria absoluta da história do Partido Socialista, depois da de José Sócrates em 2005.

O PSD ficou em segundo lugar, com 27,80% dos votos e 71 deputados, a que se somam mais cinco eleitos em coligações na Madeira e nos Açores, enquanto o Chega alcançou o terceiro lugar, com 7,15% e 12 deputados, a Iniciativa Liberal (IL) ficou em quarto, com 5% e oito deputados, e o Bloco de Esquerda em sexto, com 4,46% e cinco deputados.

A CDU com 4,39% elegeu seis deputados, o PAN com 1,53% terá um deputado no parlamento, e o Livre, com 1,28% também um deputado. O CDS-PP alcançou 1,61% dos votos, mas não elegeu qualquer deputado.

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