"No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) realizado pelo Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), e de acordo com a informação meteorológica disponibilizada, salienta-se, para os próximos dias, um quadro meteorológico persistente marcado por forte instabilidade atmosférica", explica a ANPC no documento difundido.

Estas condições vão afetar todo o território continental.

Entre elas, a precipitação, "pontualmente forte e localizada, será persistente ao longo dos próximos dias, intensificando-se a partir do final do dia de hoje em todo o território, embora de forma mais expressiva nas regiões do litoral Norte e Centro, podendo ocorrer associada a trovoada e queda de granizo", diz a Proteção Civil.

Também a neve, a cair acima dos 400/600 metros," será mais significativa durante a próxima madrugada nas regiões do interior Norte e Centro, com a cota a subir gradualmente no dia de amanhã para os 1000/1200 metros", pode ler-se no alerta.

Quanto ao vento, será mais intenso a partir da tarde desta terça-feira "do quadrante Sul, será moderado a forte no litoral e nas terras altas com rajadas que podem atingir os 90 quilómetros por hora. Entre amanhã e sexta-feira, "prevê-se o agravamento com as rajadas a poderem atingir os 100 quilómetros por hora nas terras altas e os 80 quilómetros por hora no restante território. Não se de exclui a possibilidade de ocorrerem fenómenos localizados extremos de vento", sublinha o comunicado a que o SAPO24 teve acesso.

Também o mar se apresentará alterado, a agitação marítima "espera-se de sudoeste até 5-7 metros, com picos máximos da ordem dos 10/12 metros (com forte rebentação na costa) essencialmente a Sul do cabo Raso, a partir de quarta-feira."

Estas condições, prevê a Proteção Civil, podem causar os seguintes efeitos:

  • Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo;
  • Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano devido a acumulação de águas pluviais ou insuficiência dos sistemas de drenagem;
  • Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas mais vulneráveis;
  • Inundações de estruturas urbanas subterrâneas devido a condições de drenagem deficientes;
  • Danos em estruturas montadas ou suspensas;
  • Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente durante períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais mais vulneráveis;
  • Queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
  • Acidentes na orla costeira;
  • Fenómenos geomorfológicos de instabilidade de vertentes devido à saturação dos solos e perda de consistência dos terrenos.

Medidas Preventivas

"A ANPC recorda que o impacto destes efeitos pode ser minimizado através da adoção de comportamentos adequados", recomendando, por isso, a observação das "principais medidas de autoproteção para fazer face a estas situações", entre elas:

  • Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e não retirar inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
  • Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias;
  • Evitar atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
  • Proceder à colocação das correntes de neve nas viaturas, sempre que se circular nas áreas atingidas pela queda de neve;
  • Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
  • Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento à queda de ramos e árvores em virtude de vento mais forte;
  • Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando, se possível, a circulação e permanência nestes locais;
  • Evitar praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima.

A ANPC sublinha a necessidade de estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e das Forças de Segurança.

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