“A privatização dos CTT, sabe hoje muito bem o país, foi um erro grave que não acautelou o interesse do povo”, afirmou o ministro na interpelação ao Governo, requerida pelo BE, sobre “a crise no serviço postal e a recuperação do controlo público dos CTT", debate que decorre hoje na Assembleia da República, em Lisboa.
Na ótica de Pedro Nuno Santos, cabe ao Estado “ter a humildade para saber tirar elações sobre decisões passadas”.
“Por isso é que, sem fechar a porta, sem excluir nenhum cenário, sem antecipar qualquer decisão sobre uma eventual entrada do Estado no capital da empresa, o que podemos afirmar é que, independentemente da estrutura societária dos CTT, o futuro contrato de concessão de serviço postal universal terá de garantir níveis decentes de qualidade, de relação com o poder local e de presença no território”, salientou.
Outra das exigências do executivo liderado pelo socialista António Costa vai ser a “garantia mínima de uma estação de correios por concelho”.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação apontou igualmente que “o cenário da entrada de capital nos CTT não está excluído”, e que este é um debate que continuará.
Criticando a privatização dos CTT, que ocorreu durante o último Governo PSD/CDS, Pedro Nuno Santos salientou que, "se a privatização foi errada, o resultado final da negociação do contrato de concessão não foi melhor".
"Uma vez privatizada a empresa, o Estado perdeu capacidade de intervenção e de garantir que as populações são bem servidas com qualidade, dignidade, igualdade", advogou.
Comentários