"Resulta claro de todas as evidências operadas que o ministro João Galamba cumpriu cabalmente a obrigação de envio de todas as informações à Comissão Parlamentar de Inquérito", disse João Torres.

O secretário-geral adjunto do PS referiu ainda "que o ministro João Galamba e o seu gabinete cumpriram as obrigações que sobre si recaíam, reportando devidamente às autoridades que um equipamento informático do Estado, com documentos classificados, não se encontrava na sua posse".

"Imagine-se o que diria a oposição caso assim não tivesse sucedido", evidenciou.

O PS salientou também o seu respeito institucional perante todos os órgãos de soberania, desdramatizou divergências com o presidente da República, mas assinalou que o Governo dispõe de uma legitimidade de origem e de exercício.

João Torres classificou como normal e até prova de funcionamento das instituições democráticas a divergência manifestada pelo presidente da República, através de uma nota oficial, em relação a essa mesma decisão de António Costa de manter João Galamba no seu Governo.

“O PS reafirma o seu respeito institucional perante todos os órgãos de soberania. Este Governo dispõe de uma legitimidade de origem, mas também de uma legitimidade de exercício”, sustentou.

De acordo com o secretário-geral adjunto do PS, o Governo dispõe de “legitimidade de origem, porque foram os portugueses, há pouco mais de um ano, a fazer uma opção pela estabilidade governativa”.

“Legitimidade de exercício porque o Governo dispõe de uma maioria sólida e está a cumprir o seu Programa de Governo, apresentando resultados aos portugueses”, completou.

A conferencia de imprensa de João Torres foi também marcada por críticas a afirmações esta manhã proferidas pelo presidente do PSD.

Luís Montenegro acusou o primeiro-ministro de fazer “um jogo de oportunismo e de teatro político” em nome da sua sobrevivência, tentando provocar eleições antecipadas sem o dizer, e assegurou que o seu partido não as pedirá mas também não as vai recusar.

No entanto, para o secretário-geral adjunto do PS, o PSD revelou estar num "registo desorientado”.

“Percebe-se a desorientação da oposição e, em particular, de Luís Montenegro. Mas percebe-se mais: percebe-se a sua falta de preparação; percebe-se a sua incapacidade de se apresentar como uma alternativa. A vacuidade do PSD, ou a sua falta de sentido construtivo, não é surpresa nem é novidade. É uma constatação que há muito os portugueses já fizeram”, acusou.

*Com Lusa