Carlos César e António Costa falavam, hoje à tarde, no debate quinzenal, na Assembleia da República, em Lisboa, que marcou a estreia de Fernando Negrão como presidente da bancada do PSD, após a chegada de Rui Rio à liderança social-democrata, e a despedida do parlamento do ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.
De resto, tanto Carlos César como António Costa reafirmaram a vontade de continuar a “solução estável” de Governo, com o apoio dos partidos à esquerda do PS – PCP, Bloco e PEV.
“As políticas não mudaram”, disse o primeiro-ministro e líder do PS, insistindo na ideia de que “quando as coisas correm bem não se muda”.
“Hoje temos melhores resultados na economia e no emprego”, exemplificou.
Carlos César insistiu que “diálogo profícuo” do PS e do Governo é importante e António Costa deu o exemplo da descentralização, sobre a qual o executivo está em diálogo com o PSD, mas que o primeiro-ministro gostava de ver “alargado, da bancada do CDS à bancada do Bloco de Esquerda”.
Carlos César começou por saudar Pedro Passos Coelho, o ex-primeiro-ministro que cumprimentou pelo “empenho cívico” durante o seu mandato e Fernando Negrão como novo líder parlamentar de “um partido de referência”.
Dois dias depois de ouvir as críticas tanto do PCP como do Bloco de Esquerda ao diálogo entre o Governo e o PSD, iniciado na terça-feira com um encontro sobre fundos europeus entre o ministro do Planeamento, Pedro Marques, e o vice-presidente social-democrata, Castro Almeida.
Mudanças de política, não, o Governo não altera, prometeram tanto António Costa como Carlos César, dirigindo-se aos seus parceiros de maioria parlamentar.
“Não há motivo para mudar o que começámos há dois anos, temos todas as razões para prosseguir”, disse o primeiro-ministro.
Para Costa, o Governo deve prosseguir a mesma política, lembrando os “bons resultados” que “não são obra do acaso”, mas sim das políticas que inverteram a estratégia anterior.
O consenso deve ser “o mais amplo possível” tanto na descentralização como, por exemplo, nas obras públicas para os próximos anos, que deveria ter o apoio de “uma maioria de dois terços”.
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