“Espero o que espero do PSD: um partido mais construtivo, mais fiel à sua própria palavra e que entenda a atividade parlamentar como uma atividade nobre”, afirmou Carlos César, questionado sobre as expectativas da nova liderança parlamentar dos sociais-democratas, após a demissão de Hugo Soares, na quarta-feira, e do congresso do partido, no fim de semana.
No final de uma reunião da bancada que durou menos de uma hora, o presidente do grupo parlamentar acrescentou esperar que o PSD olhe a atividade parlamentar como “uma atividade nobre”, em que “os partidos se distinguem”, mas também “são capazes, de forma cordata, fazer essa distinção e encontrar pontos de confluência quando estão em causa interesses do país”.
Quanto às expectativas para o congresso, Carlos César falou em termos genéricos, insistindo que o PSD “não anda à procura de novos aliados”, recusando cenários de Bloco Central.
“Aquilo que achamos que é positivo na vida política portuguesa é que cada um dos partidos esteja capacitado para ser um interlocutor válido, para conseguir os consensos e os acordos nas matérias em que estes partidos se aproximam”, afirmou.
Já quanto às “restantes matérias, cada um assuma a sua identificação própria e seja claro, perante os eleitores, sobre as alternativas que estão em causa”, acrescentou.
Sem nunca se referir diretamente a Pedro Passos Coelho, que no domingo deixa de ser presidente do PSD, após oito anos de liderança, César afirmou que “o pior no caso do PSD tem sido justamente a sua falta de identificação, de contribuição para os consensos” e também “uma postura não construtiva e até errática que tem perturbado a normalidade no quadro politico”.
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