O XXIV Governo Constitucional tirou hoje a tradicional foto de família, com o primeiro-ministro e os 17 ministros, durante a primeira reunião do Governo após a tomada de posse de terça-feira.

A primeira reunião do Conselho de Ministros, que começou pouco depois das 08:30, prosseguiu depois da fotografia, já sem o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que saiu para participar numa reunião da NATO em Bruxelas.

Qual a notícia?

Depois de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República. ter empossado na terça-feira o primeiro-ministro e depois os 17 ministros do executivo minoritário formado por PSD e CDS-PP, esta quarta-feira o principal líder da oposição falou sobre a tomada de posse, lançando acusações ao novo líder do Governo de Portugal.

"O discurso a que assistimos ontem [terça-feira] foi um discurso muito mais focado na oposição do que propriamente em Portugal, parecia na verdade construir um discurso, uma narrativa a utilizar numa eventual campanha eleitoral. É provavelmente aquilo a que nós vamos assistir ao longo dos próximos meses: um Governo da vitimização, da lamentação, do queixume, de não deixarem trabalhar, de não deixarem fazer aquilo que pretendem”, disse.

E o que promete Pedro Nuno Santos?

Forte oposição.

"O que nós assistimos ontem, aliás interpretado por muitos da forma correta, porque o interpretámos da mesma maneira, foi um desafio e uma chantagem sobre o PS, como se o PS estivesse obrigado a viabilizar um Governo que tem um programa, ou que quer implementar um programa com o qual o PS discorda. O PS será oposição, será uma oposição responsável, obviamente: nós votaremos a favor daquilo concordamos e contra aquilo que não concordamos”, salientou.

E qual a resposta do Governo?

Um pouco à imagem do discurso da véspera de Marcelo Rebelo de Sousa, nesta primeira reunião do Conselho de Ministros, o novo Governo prometeu diálogo.

"Começámos a trabalhar num Governo de mudança para os portugueses. Um Governo humilde, um Governo de diálogo, mas um Governo que se propõe, em quatro anos e meio, a fazer uma mudança estrutural do país", começou por dizer o ministro da Presidência António Leitão Amaro, salientando depois que o novo Governo vai dialogar com todos os partidos e não apenas com aqueles que têm assento parlamentar, no que diz respeito às várias temáticas que poderão surgir. "É um diálogo com todos, todos todos".