"Francisco Assis é um dos nossos melhores quadros, tendo indiscutível credibilidade na vida política portuguesa", declarou à agência Lusa a presidente do Grupo Parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes.
Para ser eleito no cargo de presidente do CES, Francisco Assis precisa de dois terços dos votos dos 230 deputados, o que implica necessariamente um acordo entre PS e PSD.
A Assembleia da República vai tentar concretizar em 10 de julho eleições pendentes para representantes de vários órgãos externos, incluindo uma terceira tentativa para o Conselho Económico e Social (CES) e uma segunda para o Tribunal Constitucional.
Na eleição realizada em fevereiro, o antigo ministro da Saúde António Correia de Campos, indicado pelo PS, falhou pela segunda vez a recondução como presidente do CES, depois de em dezembro ter recolhido 125 votos favoráveis de 209 votantes.
Na segunda tentativa, em fevereiro, Correia de Campos teve ainda menos votos, com 110 aprovações em 219 votantes (82 brancos e 27 nulos), também muito distante dos necessários dois terços.
O ex-ministro da Saúde Correia de Campos decidiu então retirar "por razões pessoais" o seu nome de uma eventual terceira tentativa de eleição.
Francisco Assis foi cabeça de lista do PS nas eleições europeias de 2014, mas não voltou a candidatar-se para o Parlamento Europeu em 2019.
No plano interno, Francisco Assis, que integrou a direção do ex-líder do partido, António José Seguro, tem-se assumido como crítico da linha política seguida pelo secretário-geral do PS, António Costa, assente numa relação privilegiada com as forças à esquerda dos socialistas no parlamento, Bloco de Esquerda, PCP e PEV.
A escolha de Francisco Assis para suceder a Correia de Campos na presidência do CES sinaliza um esforço de aproximação do PS em relação aos setores mais à direita dos socialistas.
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