“Numa altura, como bem sabemos, em que se acentuam os problemas e riscos [na SATA], que importam atalhar, o PS e [o] PSD podem e devem, certamente, querer o mesmo: que ela continue a servir as nossas ilhas e a ligá-las ao exterior, e que o possa fazer de forma mais eficiente e sustentável, mantendo-se comprometida com o serviço público regional”, defendeu.
O socialista falava no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, na apresentação da moção de orientação global da sua candidatura, intitulada "Um Novo Futuro", no mesmo dia em que a companhia aérea açoriana assinala 77 anos da realização do primeiro voo.
“Então, porque assim deve ser, tenhamos a coragem, o bom senso e o sentido de defesa do interesse regional, e trabalhemos conjuntamente para isso”, afirmou.
E prosseguiu: “Sentemo-nos à mesma mesa, enquanto iguais, procurando e firmando um pacto para salvar a empresa, um pacto que não diminui e só enobrece as partes e protege o melhor dos objetivos pretendidos”.
Francisco César admitiu que “noutras coisas isso não será possível, mas em democracia, as divergências e a demonstração das alternativas políticas são indispensáveis, úteis e até enobrecem as partes”.
“E é na compreensão das necessidades de consensos e na assunção clara das diferenças, que são muitas entre os dois maiores partidos, que os Açores beneficiarão e que o PS se prestigiará como a alternativa que trabalha para um novo futuro”, concluiu.
O deputado na Assembleia da República Francisco César é o único candidato à liderança do PS/Açores nas eleições agendadas para os dias 28 e 29 de junho.
Os socialistas açorianos vão eleger um novo líder depois de Vasco Cordeiro, presidente do partido desde 2013, ter anunciado que não se vai recandidatar ao cargo.
Na apresentação da moção da candidatura, com o lema “Um Novo Futuro”, Francisco César afirmou que os Açores “podem e devem ter uma nova atitude e uma nova ambição para o seu futuro”.
“Não nos basta recuperar o tempo perdido ou posições de desenvolvimento face a outras regiões. Nós temos de ter ambição. Ambicionamos, no espaço de uma geração, recuperar e dar a esperança (…) e liderar, positivamente, no país, os indicadores económicos e sociais”, defendeu.
Depois de referir que a Educação “tem de ser o próximo desígnio regional” para o PS açoriano, o candidato assumiu que a região também precisa “de um novo modelo económico, diversificado, aberto e sustentável, com uma elevada participação de investimento externo” e que aposte na criação de valor nos três setores económicos tradicionais: agricultura, pescas e turismo.
Francisco César, 45 anos, formado em Economia, é deputado e vice-presidente da bancada do PS na Assembleia da República, sendo ainda membro dos secretariados nacional e regional do partido.
O socialista, que já foi deputado e líder da bancada do PS na Assembleia Regional dos Açores, é filho de Carlos César, atual presidente do PS e antigo presidente do Governo Regional.
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