“Apesar de ter dito no Conselho Nacional [do PSD] e de não ter escondido que tenho a vontade e a ambição de liderar o PSD, por entender que há um conjunto de novos valores que o PSD deve transportar, entendo que mais importante do que isso é não retirar votos ao doutor Pedro Santana Lopes e impedir que Rui Rio vença as eleições diretas”, explicou o social democrata à agência Lusa.
As diretas do PSD, nas quais será escolhido o sucessor de Pedro Passos Coelho, realizam-se no dia 13 de janeiro, estando para já anunciadas as candidaturas de Pedro Santana Lopes e Rui Rio.
Nesse sentido, André Ventura, que há uma semana, em declarações à Lusa tinha mostrado vontade de avançar para a liderança caso Paulo Rangel ou Luís Montenegro não o fizessem, esclareceu que não o faz para “não dividir ainda mais o partido”, ainda que defenda mudanças.
“Eu não escondo que acho que deve haver uma renovação geracional no PSD e com estas eleições não está a haver essa renovação, que é fundamental (…). Face ao que temos eu acho que o doutor Pedro Santana Lopes é o único que consegue preservar a matriz do PSD”, ressalvou.
Por outro lado, no entender de André Ventura, o antigo presidente da Câmara Municipal do Porto Rui Rio “tem uma mensagem que se confunde com o PS e se aproxima do espaço ocupado pelos socialistas”.
“Essa mensagem vai alienar o PSD e vai fazê-lo ser engolido pelo PS. Por isso, vou apoiar o doutor Santana Lopes de forma presente e pública e vou pedir também a todos que me apoiaram para concentrar os seus votos em Santana Lopes e esperar que o PSD não perca nestas eleições a sua identidade”, concluiu.
André Ventura, que concorreu pelo PSD à presidência da Câmara Municipal de Loures nas eleições autárquicas de 1 de outubro, ganhou visibilidade mediática depois de ter feito várias declarações acerca da comunidade cigana do concelho.
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