Esta posição foi defendida por António Pinheiro Torres, militante antiaborto e contra a eutanásia, no primeiro de dois dias de Congresso Nacional do PSD, que decorre em Braga.

Num discurso pouco aplaudido, Pinheiro Torres, que foi deputado sob a liderança de Durão Barroso, atacou as propostas “fraturantes” da esquerda e disse que as mulheres “são vítimas da maior violência que consiste em pôr fim à sua gravidez por imposição de terceiros, por desespero por falta de alternativas, ou por pressão de um atmosfera cultural que as procura enganar”.

Disse, depois, que números da Direção-Geral de Saúde entre julho de 2007 e dezembro de 2022 houve 256 mil abortos em Portugal, “46 por dia e dois por hora”.

“Se isto não é um problema de saúde pública para o qual estamos convocados para fazer face, então não sei o que é um problema de saúde pública, eu não sei o que é defender a dignidade humana”, declarou.

Pinheiro Torres insurgiu-se também contra a lei que legaliza a morte medicamente assistida, um ponto onde disse que ia citar o deputado do PCP António Filipe.

“Não podemos aceitar que um Estado que não ajuda a viver possa sim ajudar a morrer”, afirmou, dizendo estar a citar António Filipe.