“Debate nenhum não é sensato, 20 debates também não é sensato, lá veremos se é um, se é dois, se é três, se é quatro”, afirmou Rio Rio, em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o secretário-geral da UGT, Carlos Silva.
Um dia depois de Santana Lopes lhe ter escrito uma carta insistindo na realização de debates, à qual respondeu hoje positivamente, Rui Rio frisou que não é só desde segunda-feira que está disponível para debates, desde que num “modelo sensato”.
“Desde o início eu disse que não estava disponível para fazer 21 debates, 21 debates era um exagero, sempre estive disponível para haver debates”, defendeu, referindo-se à proposta inicial de Santana Lopes, que propôs a realização de debates organizados por todas as distritais do PSD.
Questionado sobre se estes debates serão determinantes para a vitória nas eleições internas do PSD, Rio respondeu negativamente.
“Não, o importante para A ou B ganhar as eleições é o que tenho vindo-a fazer e creio que também o dr. Santana Lopes, que é percorrer o país falando com os militantes”, defendeu.
Para Rui Rio, “os militantes assistirem a debates ou poderem fazer perguntas aos dois candidatos um em frente ao outro também tem o seu relevo, mas não é o que vai decidir” a eleição.
O antigo autarca do Porto frisou que já percorreu praticamente todas as distritais e estruturas regionais do PSD – completará essa ‘volta’ nacional neste fim de semana -, tendo contactado com centenas de militantes.
“O mais importante é isto, não são os debates. Nos debates, eu vou dizer ao dr. Santana Lopes o que penso e ele vai-me dizer o que pensa e que os militantes também já ouviram”, disse.
No que resta da campanha para as diretas de 13 de janeiro, Rio continuará a privilegiar o contacto com os militantes, privilegiando as concelhias mais relevantes, e alternando com alguma exposição mediática, onde se incluem entrevistas e debates.
“Mas, na minha lógica, não é o mais relevante. No discurso teórico dizem todos isto, mas o que eu digo, é o que eu faço e coincide com o que eu penso”, salientou.
Sobre a reunião com a UGT, Rio disse ter querido ouvir as preocupações da central sindical, “uma instituição fundamental” para diálogo futuro.
“Alguém que tem como um dos seus principais objetivos reforçar a coesão social no país, primeiro como líder do PSD e depois primeiro-ministro, tem de estar permanentemente disponível para um diálogo social, seja ao nível dos empresários, seja ao nível dos trabalhadores”, salientou.
O PSD escolherá o seu próximo presidente em 13 de janeiro em eleições diretas, com Congresso em Lisboa entre 16 e 18 de fevereiro.
Até agora, anunciaram-se como candidatos à liderança do PSD o antigo presidente da Câmara do Porto Rui Rio e o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes.
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