Numa breve sessão antes de visitar o porto da Gafanha da Nazaré, Pedro Marques recebeu o apoio do mestre Festas, presidente da Promaior, e do mestre José Miguel, presidente da Associação de Pesca Artesanal da Ria de Aveiro.
Com o dirigente socialista e ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, sentado ao seu lado, Pedro Marques escutou discursos curtos e fortes por parte dos dois mestres de embarcações.
"Podemos ter peixe e até podemos ter dinheiro, mas se não tivermos vida nada disto faz sentido. A pesca é uma profissão de risco e se a embarcação não tiver segurança, então é uma profissão de morte", declarou o mestre Festas, antes de frisar que a idade média da frota é de 46 anos e de fazer críticas ao anterior executivo PSD/CDS-PP.
"Esqueceram-se de nós e não enviaram os projetos para Bruxelas", completou, com o cabeça de lista do PS a prontificar-se logo para satisfazer esta exigência de segurança dos pescadores.
"É incompreensível esta situação com os projetos coletivos para a segurança no mar. Pela minha parte, tudo vou fazer para recuperar a elegibilidade [em Bruxelas] desses projetos", disse, antes de elogiar as associações de pesca "por compreenderam a importância da sustentabilidade ambiental".
"Queremos sustentabilidade ambiental, mas também sustentabilidade na profissão de pescador", ressalvou o "número um" socialista ao Parlamento Europeu, numa intervenção também escutada pelas suas colegas de lista, Margarida Marques e Maria Manuel Leitão Marques, e pelos dirigentes do PS Porfírio Silva e Filipe Neto Brandão.
No final de uma rápida visita ao porto da Gafanha da Nazaré, sempre feita em passo apressado, em declarações aos jornalistas, Pedro Marques assumiu como uma das suas prioridades em Bruxelas "o trabalho a favor da sustentabilidade ambiental e económica" no setor das pescas, mas, igualmente, "pela sustentabilidade social dos homens do mar".
"É preciso trabalhar pela segurança dos homens do mar. Felizmente, temos aqui gente muito boa. Gente boa que nos apoia e com quem vamos trabalhar nos próximos cinco anos", afirmou.
Questionado pelos jornalistas sobre a perspetiva de uma nova redução das quotas de pesca, Pedro Marques referiu que, até agora, o Governo "conseguiu manter a existência de quotas para a captura de sardinha, embora com as limitações da recuperação de espécie".
"Apesar das dificuldades da negociação, foi possível atingir um recorde nas quotas para a pesca nacional. De certeza que o Governo vai continuar a trabalhar nesse sentido", alegou.
Pela sua parte, Pedro Marques elegeu como assunto prioritário "a segurança dos pescadores" e, logo a seguir, "a modernização da frota - assuntos que serão levados para Bruxelas"
Comentários