À chegada ao 37.º Congresso Nacional do PSD, Paulo Rangel foi questionado pelos jornalistas sobre se seria o número dois na lista de Rui Rio ao Conselho Nacional, que será encabeçada pelo candidato derrotado nas diretas, Pedro Santana Lopes.

"Sim. É uma lista de acordo entre o doutor Rui Rio e o doutor Pedro Santana Lopes e convidaram-me para ser número dois e sou com maior gosto", respondeu.

Sobre o discurso do líder eleito, Rui Rio, o eurodeputado do PSD - que conta discursar no sábado no congresso - considerou importante que fale para a reunião magna, "mas também para o país".

"O PSD está a entrar numa nova etapa. Este é o momento dele. Ninguém vai falar por ele e ninguém vai condicionar o que ele diz, muito menos eu. É o tempo do novo líder e deve ser respeitado", disse.

Sobre a polémica em torno da transição da liderança da bancada parlamentar, Rangel desdramatizou esta questão, recordando que já foi protagonista de uma e a atual "está a correr como correram todas".

"Até agora aquilo que eu vi foi a maior normalidade", garantiu.

O antigo candidato à presidência do PSD considerou normal que "havendo uma mudança de líder poder haver uma mudança de liderança parlamentar" e "haver uma eleição perfeitamente normal".

"Se isto tem alguma coisa de extraordinário, então não sei em que democracia os senhores vivem porque eu conheço 28 na UE e o normal é ser assim", referiu, dirigindo-se aos jornalistas.

Pouco antes de Paulo Rangel chegou Carlos Moedas à antiga FIL - onde até domingo decorre o congresso do PSD - tendo o comissário europeu sublinhado que o país "deve muito" a Passos Coelho, o líder que agora cessa funções.

Carlos Moedas escusou-se a comentar as questões da liderança partidária e foi perentório: "é importante que nos unamos e que estejamos unidos à volta do líder".

"Não é discutir nomes, é discutir o país que queremos ter dentro de 20 anos", concretizou.