O chefe da área operacional do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, superintendente Domingos Antunes, disse em conferência de imprensa que o policiamento “vai assentar numa forte visibilidade” por toda a cidade, com especial incidência na zona do Parque das Nações, além de “um reforço de segurança à chegada” à capital portuguesa.

“Considerámos criar uma estrutura de coordenação, comando e controlo em permanência, envolvendo todas as forças e serviços de segurança portugueses, contando com a participação da Interpol e Europol. Aguardamos que cerca de 7.000 pessoas nos visitem, obviamente tivemos de robustecer o nosso nível de comando e controlo”, afirmou o responsável.

Sobre os aspetos operacionais, Domingos Antunes assumiu que a conferência, “ainda que não tenha um grau de ameaça relevante - porque não houve -, vai exigir uma fileira de meios”, nomeadamente no âmbito das informações, do policiamento de proximidade, das unidades de intervenção para reposição da ordem pública e da investigação criminal.

“Estamos a pensar empenhar um total de cerca de 1.650 polícias, o que denota o esforço de grande compromisso com este grande evento e a afirmação de que Portugal tem uma cultura de bem saber organizar estes grandes eventos internacionais. Essa é a nossa preocupação e o nosso vínculo público”, referiu.

Perante a participação de cerca de 140 países, o superintendente da PSP assinalou ainda a adoção de “medidas adicionais de segurança”, incluindo “uma restrição do espaço aéreo em Lisboa”, com especial incidência no Parque das Nações, mas também sobre Cascais, sendo que as zonas do Rio Tejo e de Carcavelos vão igualmente ter restrições ao tráfego de embarcações, com o objetivo de reunir “todas as condições para que este evento decorra com a maior serenidade”.

“Temos de saber conviver com os riscos destes eventos, mas também com a convivência saudável de uma sociedade que não pode ser interrompida na sua dinâmica”, observou, sem deixar de admitir alguns “constrangimentos de trânsito” no Parque das Nações. Por isso, Domingos Antunes apelou ao uso de transportes públicos e explicou que será permitida a circulação de trotinetas e bicicletas nas principais vias daquela área da cidade.

E explicitou as limitações de circulação previstas no perímetro de segurança da conferência: “Na zona do Parque das Nações vamos ter um condicionamento do trânsito desde a Rotunda dos Vice-reis, passando pela Avenida da Boa Esperança e na Rua do Bojador, que vai desaguar ao próprio evento”.

A Conferência dos Oceanos de 2022 é coorganizada por Portugal e pelo Quénia e decorrerá de 27 de junho a 1 de julho, na capital portuguesa.

A ONU descreve o evento como um apelo à ação, exortando "os líderes mundiais e todos os decisores a aumentarem a ambição, a mobilizarem parcerias e aumentarem o investimento em abordagens científicas e inovadoras, bem como a empregar soluções baseadas na natureza para reverter o declínio na saúde dos oceanos".