“Considerando a forma empenhada como prestámos os nossos serviços, é nossa firme convicção que, como sempre até aqui, a PT tem cumprido e superado inequivocamente com todos os níveis de serviço contratados pela SIRESP, S.A. [a operadora da Rede Nacional de Emergência e Segurança]”, afirmou o responsável, salientando que o empenho da empresa, como acionista, foi de “uma disponibilidade e serenidade necessárias” e “de uma imediata prontidão na ação enquanto seu fornecedor de serviços”.

Alexandre Fonseca realçou, na conferência de imprensa realizada em Lisboa, que o Grupo PT/Altice integra dois grupos de trabalho no âmbito do aumento da resiliência e da redundância da rede SIRESP.

“Fazemo-lo porque acreditamos na eficiência desta rede, se utilizada de forma correta, mas também porque acreditamos que somos parte da solução no que toca à melhoria e eficácia desta rede em Portugal”, salientou.

“Tivemos inclusive a oportunidade de alertar para a necessidade disso mesmo, tendo a PT/Altice entregue uma proposta técnica de criação de redundância de rede”, acrescentou.

O responsável confirmou ainda que a PT/Altice está a trabalhar com o Governo para “a instalação da rede em infraestrutura subterrânea”, mas “o primeiro obstáculo é a falta de infraestrutura física na esmagadora maioria de espaço rural no nosso país”.

“A infraestrutura existente não está ainda preparada para a capilaridade da nossa rede e também tem algumas vulnerabilidades de integridade, detetadas perante cenários de fogo e de altas temperaturas”, explicou, mostrando, no entanto, a disponibilidade de continuar a cooperar com a tutela neste assunto.

A 12 de agosto, o primeiro-ministro, António Costa, disse que as falhas da SIRESP resultaram “do colapso” da PT, numa entrevista ao jornal Expresso.

Segundo o jornal, o Governo responsabilizou a PT “pelas falhas de comunicação na tragédia de Pedrógão Grande e quer forçar a empresa a melhorar a sua rede em áreas potenciais de incêndio, substituindo cabos aéreos (como os que arderam em Pedrógão) por cabos subterrâneos nas estradas que já disponham de calhas técnicas para o efeito – mas que estão vazias”.

“É inadmissível que as redes de comunicações junto às estradas nacionais que já têm calhas técnicas não estejam enterradas e continuem com os cabos aéreos”, disse Costa.

Ainda segundo o jornal, o ministro das Infraestruturas, Pedro Marques, está a liderar as conversas com a PT, “mas também a baixar os custos a suportar pela empresa para que os cabos possam ser enterrados nas calhas técnicas”.

Num relatório divulgado a 09 de agosto, o Instituto de Telecomunicações considerou que existiram “faltas graves” na rede SIRESP (comunicações de emergência), com cortes prolongados no funcionamento normal do sistema, aquando do incêndio de junho que deflagrou em Pedrógão Grande, do qual resultaram 64 mortes.

No relatório afirma-se que existiram faltas graves na rede, com cortes prolongados no funcionamento normal do sistema nas áreas cobertas pelas estações base de Pedrógão Grande (39 horas de corte), Figueiró dos Vinhos (41 horas), Serra da Lousã (67 horas), Malhadas (66 horas) e Pampilhosa da Serra (70 horas).

Dados provisórios da Proteção Civil, conhecidos a 16 de agosto, indicam que os incêndios florestais tinham consumido pelo menos 141 mil hectares, mais 26 mil hectares do que no ano anterior, desde o início deste ano.

(Nota: o SAPO 24 é a marca de informação do Portal SAPO, propriedade da MEO, marca da Portugal Telecom, detida pela Altice)

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