A reunião “de cortesia” foi pedida pelo CDS, para “apresentação de cumprimentos da nova liderança”, disse fonte oficial dos centristas.
A nova direção do partido, eleita em congresso no final de janeiro, já se reuniu com o PSD e o PS, com o Presidente da República, com o presidente da Assembleia da República, bem como com outras entidades, como o cardeal-patriarca de Lisboa ou a Confederação Empresarial de Portugal.
À Lusa, o presidente do Chega, André Ventura adiantou que as eleições presidenciais serão um dos temas em cima da mesa.
“Dir-lhe-ei [a Francisco Rodrigues dos Santos] que se o CDS se quer afirmar como partido de direita, a solução única que tem no momento em que está é apoiar a minha candidatura”, referiu.
Ventura quer tentar igualmente “estabelecer pontes” com os centristas em matérias comuns, como por exemplo ao nível “da fiscalidade e do apoio a empresas”, e desafiar os deputados centristas a apoiarem o projeto de lei para a instituição da castração química para cidadãos julgados por pedofilia.
Em comunicado enviado à Lusa, Pedro Borges de Lemos, da corrente de opinião CDSXXI, considerou que "André Ventura tem todas as condições para disputar uma segunda volta nas presidenciais e o CDS-PP deverá contribuir para isso".
Na ótica do líder desta corrente informal de opinião, o partido "tem aqui uma oportunidade única para se assumir como um partido conservador, de direita e que, sobretudo, está ao lado daqueles que combatem o sistema naquilo que são os seus maiores podres, designadamente a corrupção, os compadrios e os 'telhados de vidro' da justiça e dos seus agentes".
Para Pedro Borges de Lemos, o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que ainda não disse se se recandidatará a um segundo mandato, "é o candidato do sistema e é cúmplice dele".
"Por isso, há que cerrar fileiras para que ele não ganhe as eleições a bem dos interesses dos portugueses", acrescentou na nota.
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