Rajoy respondia a uma questão do deputado Aitor Esteban, do Partido Nacionalista Basco (PNV) hoje no Parlamento.

Na mesma sessão, e após uma troca de argumentos entre o porta-voz da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), Gabriel Rufián, e o chefe do governo, o representante do PNV pediu a Rajoy para explicar a posição do Executivo sobre o “conflito” catalão.

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Aitor Esteban, disse que Mariano Rajoy não pode “escudar-se atrás dos juízes ou procuradores” porque “o assunto não pode solucionar-se com ameaças” ou através da “força”.

Rajoy disse ao porta-voz do PNV que um chefe de governo não pode “ir contra a lei, como fez Carles Puigdemont” (presidente do governo autónomo da Catalunha).

“A ninguém, no seu perfeito juízo, lhe agrada esta situação e muito menos a mim”, disse Rajoy frisando que Puigdemont “passou por cima da lei”.

A lei, insistiu Rajoy “tem de ser cumprida”.

“Ninguém conte comigo para liquidar a unidade de Espanha e a soberania nacional, não é para isso que me dedico à vida política”, advertiu.

As explicações de Rajoy não convenceram Esteban lamentado que “aquilo que era um problema económico” fruto das “ações” de Rajoy é “agora um autêntico conflito social com um claríssimo fundo nacional catalão”.

O responsável do PNV acrescentou que a estratégia de Rajoy é a do “cumprimento da lei” e não de modificar a legislação.

Esteban disse também que a estratégia do governo do Partido Popular passa pelas ameaças contra a “liberdade de expressão” mandando a polícia contra os meios de comunicação social e as gráficas.