O novo primeiro-ministro britânico disse hoje que vai reconstruir o Reino Unido "tijolo a tijolo" ou não seja ele um trabalhista que traz o seu partido de volta ao poder, 14 anos depois. A frase "bric by bric" transporta-nos inevitavelmente para a imagem de Boris Johnson, antecessor de Sunak, a destruir um muro com uma máquina do "Get the Brexit done".

Para descolar dos conservadores, reconstruir foi o conceito que marcou a primeira intervenção de Keir Starme, após ser nomeado pelo rei. Keir Starmer apelou à unidade para poder cumprir a missão de renovação nacional, naquelas que foram as primeiras declarações desde a vitória dos trabalhistas nas legislativas de quinta-feira.

O também novo ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, apelou na sua primeira intervenção a "um cessar-fogo imediato" na guerra na Faixa de Gaza.

Rachel Reeves, ex-economista do Banco da Inglaterra, foi nomeada ministra da Economia do Reino Unido, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo, após a vitória do Partido Trabalhista nas eleições britânicas.

O Partido Trabalhista assegurou uma vitória com maioria absoluta nas legislativas britânicas ao eleger pelo menos 326 deputados para um total de 650 lugares.
Numa sucessão de eventos durante a manhã desta sexta feira, e com o "beija mão" ao monarca incluído, o Reino Unido substituiu o partido no poder e o governo em algumas horas após o resultado das urnas.
Esta rapidez das instituições estará relacionada com a tradição da pontualidade britânica?  O mesmo não podemos esperar de França que neste domingo vai realizar a segunda volta das legislativas antecipadas,  em que a União Nacional de Le Pen está em vantagem, embora a sondagem deste ultimo dia de campanha tenha apontado para não conseguir a maioria absoluta, depois da fusão das esquerdas.