Dez dos 12 detidos quinta-feira em Vila Verde por suspeitas de integrarem uma rede de tráfico de droga que operava nos distritos de Braga e de Viana do Castelo ficaram em prisão preventiva, anunciou hoje a GNR.

Em comunicado, o Comando Territorial de Braga da GNR refere que “dez dos detidos ficaram sujeitos à medida de coação de prisão preventiva e os outros dois ficaram com apresentações bissemanais no posto policial da área de residência”, depois de presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Braga.

Também em comunicado divulgado na sexta-feira, a GNR dava conta de que as detenções dos 12 suspeitos (dez homens e duas mulheres), com idades entre os 20 e os 40 anos, um deles de nacionalidade espanhola, ocorreram na quinta-feira, naquele concelho do distrito de Braga.

“No âmbito de uma investigação por tráfico de produtos estupefacientes, que decorria há oito meses, os militares da Guarda efetuaram diligências policiais que permitiram localizar os suspeitos de uma rede de tráfico de droga que operava com contornos multinacionais, culminando no cumprimento de 10 mandados de busca, nove domiciliárias e uma não domiciliária”, explicava o Comando Territorial de Braga da GNR.

No decorrer da operação, os militares apreenderam mais de 14.700 doses de estupefacientes, nomeadamente canábis (6.076 doses), canábis folha (6.231 doses), cocaína (2.350 doses) e 64 gramas de MDMA.

A GNR apreendeu ainda seis armas de fogo, 60 munições, um bastão extensível, uma máquina de contar dinheiro, um inibidor de sinal de frequência (de telemóvel), um detetor de sinal de GPS, uma arma branca e 33.395 euros em numerário.

“Trata-se de uma rede que operava a um nível intermédio. Vendia o estupefaciente a pequenos traficantes de droga que, por sua vez, faziam venda direta aos consumidores, em concelhos dos distritos de Braga e de Viana do Castelo, como Ponte da Barca ou Melgaço”, explicou, nesse dia, fonte da GNR à agência Lusa.

Segundo a fonte, esta rede de tráfico de droga já possuía equipamentos com alguma sofisticação, como um inibidor de rede de telemóveis ou um detetor de sinal de GPS.

“Além disso, as seis armas de fogo apreendidas estavam todas municiadas e prontas a disparar, o que demonstra igualmente o nível a que operavam e o seu grau de perigosidade”, sublinhou a fonte da GNR.