"Vai ser duro e muito difícil", considerou Joaquim Bastos e Silva, questionado pela agência Lusa sobre o processo de reestruturação da companhia aérea açoriana.
A SATA, "na sua proporção, é um caso ainda mais difícil que a TAP", prosseguiu, sublinhando que os dados económicos da empresa "só em termos absolutos" são menos negativos que os da TAP.
Joaquim Bastos e Silva reiterou ainda que, antes de o plano ser apresentado à Comissão Europeia, a SATA tem de devolver à região 73 milhões de euros resultantes da investigação comunitária a três aumentos de capital na empresa.
As dificuldades financeiras da SATA perduram desde, pelo menos, 2014, altura em que a companhia aérea detida na totalidade pelo Governo Regional dos Açores começou a registar prejuízos, entretanto agravados pela pandemia de covid-19.
As duas transportadoras aéreas do grupo SATA fecharam o primeiro semestre do ano com prejuízos de cerca de 42 milhões de euros, que comparam com perdas de 33,5 milhões no período homólogo.
De acordo com as demonstrações financeiras das empresas públicas regionais, é referido que a Azores Airlines (que opera de e para fora do arquipélago) teve prejuízos de 34,5 milhões de euros entre janeiro e junho, ao passo que a SATA Air Açores, que voa no arquipélago, teve perdas de 7,6 milhões de euros.
Todavia, em 2019, os prejuízos globais do grupo haviam já sido de 53 milhões de euros, valor em linha com a perda registada em 2018.
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