A questão da aposentação, cuja idade aumentou para os 60 anos com o novo estatuto dos bombeiros profissionais, é a primeira preocupação da classe que vai constar de um caderno reivindicativo que a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) vai entregar ao Governo.
A ANBP promoveu hoje, no Cartaxo (distrito de Santarém), a terceira reunião com comandantes dos bombeiros sapadores e municipais para recolher contributos e propostas que vão entregar à secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, na próxima reunião, que ainda está por agendar.
Segundo a ANBP, o objetivo destes encontros é reunir os contributos dos comandantes sobre os problemas dos corpos de bombeiros para que seja apresentado ao Governo uma proposta que “corrija as situações menos satisfatórias e que constam do estatuto dos bombeiros profissionais”, nomeadamente a aposentação.
O presidente da ANBP, Fernando Curto, disse à agência Lusa que a aposentação é a principal preocupação e está, neste momento, a criar “graves complicações” às corporações dos bombeiros.
Com as novas regras de aposentação dos bombeiros profissionais, a idade de reforma passou para os 60 anos sem qualquer penalização.
Fernando Curto adiantou que atualmente existe “um quadro envelhecido” nos bombeiros profissionais, tendo a maioria entre os 45 e os 60 anos.
“Os bombeiros não são máquinas”, disse, sublinhando que esta é uma profissão “de alto risco e de desgaste rápido”, não tendo, por isso, capacidade para estar a trabalhar até aos 60 anos.
A ANBP vai voltar a propor ao Governo uma pré-aposentação aos 55 anos.
A unificação da carreira dos bombeiros sapadores e a formação são outras das preocupações que vão constar do documento.
A ANBP vai ainda organizar um outro encontro, a 19 de fevereiro, que contará também com a presença de presidentes e vereadores das câmaras municipais, que são as entidades patronais dos bombeiros sapadores e municipais.
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