O processo em causa, que tinha sido proposto em dezembro passado por membros da Anatel devido à falta de pagamento de multas aplicadas à operadora brasileira pelo regulador, poderia levar à anulação das concessões e autorizações da Oi para operar o serviço de telefone fixo, telemóvel, banda larga e TV por assinatura.
Porém, numa reunião extraordinária da Anatel sobre o acompanhamento da situação da Oi, decidiu-se “não acatar a proposta de instauração de um processo de caducidade [à Oi]”, decisão que “teve em consideração o processo de recuperação judicial”, disse o responsável da Anatel, Juarez Quadros, citado pela Agência Brasil.
De acordo com Juarez Quadros, esta foi uma decisão unânime.
No encontro, que decorreu à porta fechada, a Anatel decidiu também manter o acompanhamento à situação da Oi, acrescenta aquela agência noticiosa.
O Plano de Recuperação Judicial em causa, que resulta de um pedido judicial feito pela Oi em junho de 2016, foi aprovado no final do ano passado pelos credores visando reduzir o passivo da empresa, que ronda os 65,4 mil milhões de reais (cerca de 16 mil milhões de euros), através da conversão de 75% da dívida suportada pelos credores, aos quais serão concedidos direitos sobre a companhia.
Entretanto, a Oi divulgou ao mercado um aumento na participação do grupo JGP (gestão de recursos e de património), que passou de um total de 4,93% para 5,28% das ações.
A participação do grupo tem vindo a sofrer alterações nas últimas semanas, não afetando, contudo, a estrutura acionista da companhia.
Esta alteração foi também hoje divulgada ao mercado português pela Pharol.
A operadora brasileira, na qual a portuguesa Pharol é acionista de referência com 27% das ações, esteve num processo de fusão com a Portugal Telecom, que nunca se concretizou.
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