A presença de material altamente inflamável, como resinas, plásticos e fibras provoca uma grande "carga térmica" e torna mais complicado o rescaldo de um incêndio que foi dado como dominado por volta das 17:00.
O incêndio, que eclodiu por volta das 15:15, foi combatido por 59 elementos das corporações de Bombeiros de Anadia, Pampilhosa, Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Mealhada, Oliveira do Bairro e Vagos, apoiados por 20 viaturas.
Até agora não foi possível determinar a origem do incêndio, que causou avultados os prejuízos materiais, mas sem vítimas a registar.
Os outros dois módulos de produção foram poupados pelas chamas graças à intervenção rápida dos bombeiros.
A presidente da Câmara de Anadia, Teresa Cardoso, que se deslocou ao local do incêndio, disse à Lusa que "ainda é cedo" para saber se a Nexxpro está em condições para retomar a produção a curto prazo, o que poderá deixar em risco 150 posto de trabalho.
"O dono da fábrica [o empresário Hélder Loureiro] está a tentar avaliar se é possível recuperar algum equipamento", explicou a autarca, esclarecendo que apenas um "módulo de produção" (pavilhão) foi atingido pelas chamas.
Teresa Cardoso aproveitou para deixar uma palavra de "solidariedade e incentivo" aos trabalhadores e proprietários da empresa.
Fundada em 2001, a Nexxpro produz capacetes e acessórios para motociclismo, tendo sido a primeira empresa em Portugal a usar tecnologia para a produção de capacetes em fibra. Um dos seus produtos de maior sucesso é um capacete para motas forrado em ganga (denim).
Ao longo dos anos, a Nexxpro desenvolveu parcerias com diversas marcas internacionais, como a Hugo Boss e a Swarovski, tendo iniciado em 2015 uma participação na alta competição, com a entrada no Mundial FIM de Superbikes.
Atualmente, a marca é representada em 56 países espalhados pelo mundo "com perspetivas de a curto prazo estender a sua representação a novos mercados".
Comentários