Ricardo Gonçalves, 41 anos, licenciado em Economia e com uma pós-graduação em Direito das Autarquias Locais, assumiu a presidência da Câmara de Santarém em novembro de 2012, na sequência da renúncia do independente Francisco Moita Flores, cuja lista integrou como número dois.

Em 2013, ficou a dois votos de uma maioria absoluta - o PSD passou dos sete vereadores do mandato anterior para quatro, tantos quantos os eleitos pelo PS. Por isso, o vereador da CDU tem um papel determinante.

Ricardo Gonçalves reivindica para o seu mandato a conquista da “consolidação económica”.

“Hoje a Câmara de Santarém paga a tempo e a horas e manda fazer as obras que pode pagar. Vamos ser o único executivo que sempre teve os duodécimos em dia com as nossas parceiras Juntas de Freguesia”, disse à Lusa, acrescentando ter conseguido “criar as condições necessárias para aproveitar os cerca de 18 milhões de euros de fundos comunitários” do Portugal 2020.

Depois de um processo interno de medir forças com a concelhia, ‘batendo o pé’ à imposição de nomes para a sua equipa, Ricardo Gonçalves surgiu na lista de 85 candidatos aprovados a 21 de março pela estrutura nacional do partido.

Como “determinante para a recandidatura” aponta o “acreditar que Santarém será das cidades portugueses que mais se vão desenvolver do ponto de vista socioeconómico nas próximas décadas” e “poder ajudar a construir e a consolidar os alicerces desse desenvolvimento”.

Como prioridades refere os projetos com financiamento comunitário, de que destaca o programa para estabilização das encostas da cidade, para o qual é necessário conseguir ainda oito milhões de euros, mas também a construção do Museu de Abril e dos Valores Universais e a recuperação de edifícios e espaços públicos.

Incentivos à fixação de empresas e pessoas, a melhoria de vias para aproximar o norte do concelho à cidade, a conclusão da recuperação das igrejas, determinante para o turismo, e a aposta nas potencialidades do rio Tejo são outros exemplos do que se propõe a “fazer por Santarém”, olhando para o futuro “com muito otimismo”.

Ricardo Gonçalves reivindica ainda para o mandato que agora termina a criação de mais infraestruturas desportivas; a “especial atenção à criação de emprego”, que exemplifica com a criação da ‘Start Up’ Santarém em parceria com a associação Nersant; a “nova abordagem cultural”, com destaque para a iniciativa “In Santarém” e a Incubadora de Artes; a inauguração de mais um centro escolar e a recuperação de escolas.

Depois de concluir a licenciatura, trabalhou numa empresa de consultores em Economia e Gestão, iniciando o seu percurso político em 2001 como presidente da Junta de Freguesia da Azóia de Baixo, de onde é natural.

Nas autárquicas de 2005, foi eleito vereador no primeiro executivo de Moita Flores, sendo seu número dois no mandato seguinte. Foi ainda presidente da concelhia social-democrata de Santarém e vice-presidente da distrital do partido.

Conseguiu vencer as eleições autárquicas de 2013 com 11.196 votos (40,31%), ficando a gerir o município com quatro eleitos. O PS, com 8.962 votos (32,27%), elegeu quatro vereadores e a CDU, com 2.872 votos (10,34%), um. Num universo de 53.418 eleitores inscritos, votaram 27.774 pessoas.