“Temos no concelho um problema de falta de habitação social, sendo necessário olhar para ele com outros olhos”, afirmou à agência Lusa Ricardo Rodrigues, que considera que um mandato de quatro anos “não é suficiente” para cumprir os objetivos a que se propôs.
O advogado, de 58 anos, natural de Ponta Garça, concelho de Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel, integrou o Governo Regional dos Açores e foi deputado na Assembleia da República.
Ricardo Rodrigues referiu estar também preocupado com o desemprego no concelho açoriano, que regista ainda “alguns níveis elevados”, apesar de nos últimos dois anos “já ser visível a diminuição” do número de desempregados.
O autarca salvaguardou que nem a habitação social ou o desemprego são “competências específicas” do município, mas pretende combater estes problemas em colaboração com o executivo regional.
No plano interno, o cabeça de lista adiantou que quer ultrapassar o endividamento herdado de mandatos anteriores, objetivo que ainda não concretizou, apesar de já ter um acordo com instituições de crédito.
“Confesso que ainda não resolvi por completo a questão da dívida. Este dossiê ainda não está completamente fechado e esta é uma necessidade e urgência no sentido de solidificar as finanças”, explicou Ricardo Rodrigues.
O recandidato propõe-se, por outro lado, a promover uma requalificação da orla costeira do concelho, procurada por locais e turistas pelas suas diversas praias e pela reserva natural do ilhéu de Vila Franca.
“Os projetos que pretendemos executar têm a ver com a valorização da nossa costa e frente marítima. Possuímos um terreno que tem esta vocação”, declarou Ricardo Rodrigues, ressalvando que, nesta matéria, estão a ser “dados os primeiros passos”.
O objetivo é “cativar a permanência de turistas” em Vila Franca do Campo, adiantou o candidato, esclarecendo que se pretende requalificar o terreno – junto à marginal da vila - para zona de lazer com hotelaria e restauração, mas nesta fase a câmara está a “tentar encontrar parceiros que pretendam investir no concelho”, com cerca de 11 mil habitantes.
Nas últimas eleições autárquicas, o PS conquistou quatro mandatos, enquanto a coligação Acreditar de Novo, formada pelo PSD e PPM, obteve três mandatos.
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