“Poderá haver mais. Agora vai acabar a sessão legislativa, mas sabe-se lá se na próxima sessão legislativa não há mais coisas destas. Tudo aquilo que eu entender que é útil para o país, não é a dificuldade ou a impopularidade que me possa vir a trazer que me trava, porque eu estou aqui para ser eficaz e servir os interesses nacionais”, afirmou.
Rui Rio, que falava aos jornalistas na Assembleia da República no final das votações, referiu que “podia, efetivamente, ter havido mais debate” interno sobre esta matéria, mas escusou-se a falar hoje sobre eventuais sanções aos deputados do PSD que divergiram do sentido de voto da bancada.
“Eu tenho obrigação moral, precisamente por não pertencer à mobília, por ser, de certa forma, alguém que tem uma visão de fora daquilo que é o parlamento, de ajudar a credibilizar o parlamento”, defendeu.
O presidente do PSD assinalou que houve 72 deputados sociais-democratas que votaram a favor do novo modelo de debates com o Governo, aprovado em conjunto com o PS, em que deixa de haver sessões quinzenais de perguntas ao primeiro-ministro e este passa a estar obrigado a comparecer no parlamento apenas de dois em dois meses.
“É um copo que não transborda, mas está muito cheio”, considerou, desvalorizando assim os sete votos contra de deputados do PSD.
Rui Rio sustentou que o novo modelo de debates permitirá “outra dignidade, com outra profundidade” e realçou que haverá mais discussão setoriais.
Questionado se, com mesmos protagonistas, espera que o resultado seja diferente em termos de conteúdo, respondeu: “Ah, pois, isso não é fácil. Mas aqui direi que a ocasião faz o protagonista”.
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