Rui Tavares revelou hoje ter estado presente na Assembleia que decidiu, por unanimidade, a proposta de retirada de confiança na deputada Joacine Katar Moreira mas não revelou se participou na votação.
Para o antigo eurodeputado, “a assembleia fala verdade”.
“Ninguém apresentou refutações factuais do que diz essa resolução”, declarou o membro fundador do Livre.
As declarações foram proferidas logo após o congresso do Livre ter adiado a decisão sobre a retirada da confiança política à deputada Joacine Katar Moreira, remetendo-a para os novos órgãos que serão eleitos no domingo.
Hoje, Rui Tavares votou a favor da proposta que previa o adiamento da decisão.
“Este processo não vai ser arrastado, não vai ser prolongado, vai ser concluído pelos próximos órgãos”, disse o ex-eurodeputado, que acredita que os órgãos a ser eleitos não desautorizarão a assembleia cessante.
Rui Tavares voltou a referir que o partido valoriza mais os seus princípios “do que qualquer cargo político” e acrescentou que a resolução apresentada pela 42.ª Assembleia “é válida”.
"Os cidadãos esperavam outro tipo de representação por parte do Livre" e esta situação é prejudicial ao partido, afirmou.
Questionado sobre o "experimentalismo" do Livre, nomeadamente o método de escolha de candidatos através de primárias, disse que nenhum partido pode dizer que tem um método "à prova" de "depois vir a descobrir" que "o exercício do mandato é diferente do que aquilo que estavam à espera".
Rui Tavares afirmou ainda que a "reflexão sobre a continuidade do mandato ou não cabe ao detentor do próprio mandato", mas o partido tem o "direito e dever" de dizer se "as coisas que se fazem em seu nome estão de acordo com procedimentos que o partido possa endossar".
O fundador do partido acrescentou que compreende a “inquietação” dos membros do Livre que votaram a favor de uma tomada de decisão durante o congresso que decorre hoje e no domingo em Lisboa, mas que “os princípios, valores e ideais defendem-se com princípios, valores e ideais”.
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