De acordo com a polícia de Donetsk o número de vítimas pode subir já que podem estar pessoas sob os escombros. As equipas de resgate utilizam cães de busca e especialistas em explosivos para vasculhar a área.

"Pessoas pacíficas morreram e estão sob os escombros", escreveu o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky após o ataque russo. "Esta é a realidade diária da vida no nosso país", disse o presidente.

O ataque em Donetsk ocorre quando se aproxima o primeiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia.

"[Os russos] vivem de simbolismos, acreditamos que estão a preparar algo em torno do 24 de fevereiro", disse o ministro da Defesa ucraniano Oleksiy Reznikov numa entrevista à televisão francesa, transmitida na quarta-feira.

"Podem tentar uma grande ofensiva em duas frentes... Precisamos de armas para combater o inimigo", disse. "Não podemos subestimar o inimigo… a mobilização não parou", acrescentou o ministro.

Segundo Reznikov, Kiev acredita que Moscovo enviou cerca de meio milhão de soldados — muito mais do que os 300 mil recentemente anunciados pela Rússia quando fez a última mobilização militar.

Na semana passada, os países da NATO aprovaram o envio de mais de 100 tanques de combate para a Ucrânia. Uma decisão que a Rússia já avisou ser um movimento que cruza uma linha perigosa no conflito.

Zelensky está agora a trabalhar para reunir apoio político no sentido de obter caças de combate e artilharia de longo alcance.

O Kremlin disse na quarta-feira que qualquer entrega de armas de longo alcance para a Ucrânia não altera os objetivos militares da Rússia ou mudará a sua estratégia no campo de batalha.

"Vai exigir maior esforço da nossa parte. Mas, novamente, não mudará o curso dos acontecimentos", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos jornalistas.

*com AFP