"Durante a operação para libertar a cidade de Mariupol, mais 134 militares ucranianos, incluindo 14 oficiais, depuseram as suas armas e renderam-se durante a noite", disse o porta-voz militar russo, Igor Konashenkov.

"Em apenas um dia, renderam-se 1.160 militares ucranianos da 36.ª brigada de infantaria da Marinha. Entre os quais, 176 oficiais", referiu o porta-voz.

Na quarta-feira, a Rússia anunciou uma suposta rendição de 1.026 soldados desta brigada, que nos últimos dias haviam denunciado as difíceis condições em que se encontravam para resistir ao ataque russo, uma vez que ficaram "sem munição ou alimentos".

A Ucrânia até agora apenas confirmou que "alguns" dos militares foram "capturados" pelos russos, embora não revelasse o número de soldados feitos prisioneiros.

O assessor do Presidente ucraniano, Oleksiy Arestovych, disse na noite de quarta-feira ao opositor russo Mark Feygin, durante uma entrevista publicada na rede social YouTube, que "parte da 36.ª brigada de infantaria da Marinha foi feita prisioneira numa tentativa de avanço [no terreno]” e que “muito menos" de mil militares teriam sido feitos prisioneiros.

"É uma mentira completa, (o número foi) aumentado várias vezes. Alguns juntaram-se ao regimento Azov e outros foram para outros lugares. E, como estavam separados uns dos outros, tomaram decisões com base na situação", disse o assessor ucraniano.

De acordo com Arestovych, aqueles que não se conseguiram juntar ao regimento de Azov, que está posicionado numa fábrica em Azovstal, "ficaram sob artilharia e ataques aéreos, perderam-se muitos (soldados) e outros foram feitos prisioneiros" pelos russos.

Num vídeo também publicado na noite de quarta-feira pelo regimento Azov na rede social Telegram, o tenente-coronel do regimento, Denis Prokopenko, e o comandante da 36.ª brigada de infantaria da Marinha, major Sergei Volynsky, confirmaram que alguns soldados conseguiram ingressar no batalhão, mas também não revelaram o número dos que supostamente se renderam ou foram feitos prisioneiros.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 4,6 milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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